A última negociação que foi noticiada, e me refiro a este qualificativo, foi a notícia de que um poderoso clube do mundo árabe fez uma proposta milionária para contratar Marcelo Grohe. Quero examinar alguns aspectos deste fato, considerando e admitindo que tenha sido fechado o negócio.
Grohe é um extraordinário goleiro e está relacionado na lista dos injustiçados pelo técnico Tite, na convocação para a Copa do Mundo na Rússia. Trata-se de um atleta de imbatíveis qualidades morais e profissionais. Tem uma vida dentro do Grêmio, com excelentes serviços prestados. Não há quem não se lembre de suas extraordinárias defesas — milagrosas, às vezes, salvadoras outras tantas.
É ídolo da torcida gremista e reconhecido pelo clube. Possui todos os requisitos necessários para terminar sua carreira no Grêmio. Como torcedor, reconhecendo e sendo muito grato por tudo aquilo que ele fez pela camisa tricolor, disponho-me a me colocar no seu lugar. Pelo que dizem, a tal proposta triplicaria, ou quadruplicaria, sua remuneração. Marcelo faz 32 anos em fevereiro, e essa seria sua derradeira chance de independência financeira.
Será muito triste sua despedida do Grêmio. Por outro lado, tenho de pensar no clube. A proposta tem de estar dentro dos padrões próprios de um extraordinário atleta, como é Marcelo. Mais do que isso, precisaria ser rigorosamente valiosa para que o Tricolor tentasse substituí-lo com alguém próximo de sua capacidade, o que é bastante difícil.
Reconhecimento
Resumindo, não gostaria, jamais, que Marcelo Grohe deixasse o Grêmio. Contudo, se ele sair, como parece certo, seria um imenso reconhecimento financeiro e profissional a um atleta inigualável em suas condutas.