Na semana da partida contra o Grêmio, que praticamente decide vaga no G-4 do Brasileirão, o São Paulo demitiu seu técnico. A rigor, Diego Aguirre vinha fazendo um trabalho relativamente bom, na medida em que o time paulista liderou boa parte da competição. E, sabe-se, não tem um elenco excepcional, capaz de garantir o título. Mas é um adversário forte, por tudo o que representa esse clube.
Sempre é difícil opinar sobre a correção da demissão de um treinador, ainda mais quando se está longe. Qualquer manifestação não passa de mero palpite, pelo desconhecimento da realidade do clube. De qualquer sorte, o que pretendo analisar é se uma demissão precoce motiva os atletas ou fragiliza a equipe.
Há exemplos para todos os lados. Em determinado momento, na véspera de um Gre-Nal, o Internacional demitiu seu treinador (curiosamente o mesmo Aguirre) e colocou no clássico um profissional ainda inexperiente e com pouco tempo para trabalhar. O resultado foi uma goleada por 5 a 0 em favor do Tricolor. Obviamente que, diante das circunstâncias, nenhuma responsabilidade caberia ao treinador que foi chamado na emergência. Mas há outras situações em que a troca de técnico traz uma nova motivação a muitos atletas que não vinham sendo aproveitados.
Precisamos dos três pontos
Particularmente, como gremista, gostaria que o São Paulo não absorvesse essa troca e enfrentasse o Grêmio sem as melhores condições emocionais. O Tricolor gaúcho precisa destes três pontos, até porque é confronto direto.