Após as saídas de Márcio Bolzoni e Felipe do Canto, o Grêmio resolveu manter apenas dois médicos à disposição do grupo de jogadores em 2018. Oficialmente, o clube trata as demissões de Bolzoni e Canto como uma "reformulação" do departamento médico. Nos bastidores do clube, no entanto, a justificava para as saídas é o desgaste das últimas semanas entre comissão técnica e grupo de jogadores com questões de lesões.
Os dois casos mais recentes, e do mesmo setor da equipe, são os de André e de Jael. A recuperação de Luan, no ano passado durante a disputa da Libertadores, também foi debatida e teve intervenção da comissão técnica para que o jogador voltasse aos gramados para enfrentar o Botafogo na classificação às semifinais da Libertadores.
Com a proposta de reformulação, o Grêmio adotará novos processos. A ideia é de que o clube tenha médicos para atendimentos gerais aos atletas no dia a dia, no CT, em jogos e nas viagens. Mas que sejam buscados os melhores especialistas de cada área para realização de procedimentos cirúrgicos e avaliações mais detalhadas de lesões.
Paulo Rabaldo e Márcio Dornelles, que acompanham a delegação do Grêmio na Argentina, foram comunicados nos últimos dias da mudança e dividirão as escalas de atendimento no Grêmio até dezembro. Não está descartada a contratação de mais médicos para 2019, mas uma das ideias em avaliação é a opção de resgatar uma das propostas de campanha da gestão de Fábio Koff em 2012: a criação de um "Instituto de Medicina do Esporte" no Grêmio. A proposta ainda será estudada para definir ou não sua implementação.