Em fases instáveis, como a que o time titular do Grêmio atravessa, se criam alguns mitos, bobagens ou lendas urbanas, principalmente entre os torcedores mais fanáticos. Na atual, um dos mitos que vinha rondando a Província de São Pedro era de que o time reserva seria melhor que o titular. O "argumento"? As vitórias dos suplentes no Brasileirão, principalmente contra o Vitória e contra o Flamengo, enquanto o time titular perdeu para o Estudiantes, pela Libertadores, e para o mesmo Flamengo, pela Copa do Brasil, deram "sustentação" para essa tese.
Pois bem, na noite gelada deste sábado, na derrota para o Atlético-PR, esse mito, que está muito mais para uma grande bobagem, caiu por terra. O time reserva escancarou todas as suas limitações contra o mediano time paranaense. Escancarou suas limitações, aliás, em todos os setores do time. Na zaga, Bressan e Paulo Miranda demonstraram que deve, ou deveria, haver uma preocupação na direção gremista quanto aos zagueiros reservas para 2018. Nos dois gols da equipe paranaense, a zaga foi de uma lerdeza impressionante. E em outro lance, um atacante do Atlético deixou Paulo Miranda sentado, em um drible constrangedor.
No meio-campo, Cícero teve atuação mediana, Thaciano não jogou nada e Marinho teve uma noite péssima (mas esse recém chegou, precisa de tempo, e sequência, para mostrar se a direção errou ou acertou em sua contratação). Já Douglas é um caso à parte, fica difícil avaliar sua atuação quando é possível notar, de maneira cristalina, que ele está completamente sem ritmo de jogo. Mesmo assim, poderia ter nos brindado com uma atuação um pouquinho, só um pouquinho melhor.
Já Pepê e Alisson também não deram lá maravilhas de contribuição. Para completar, Renato errou em seu excesso de prudência, ao não levar um de seus dois centroavantes para Curitiba. Oremos que toda a ruindade que vimos na noite deste sábado vire algo bom, nesta terça (28), contra o Estudiantes. Oremos.