Quando do anúncio da contratação de André, grande reforço do Grêmio até o momento, ouvi e li alguns questionamentos sobre o valor pago por ele ao Sport, considerado alto: cerca de R$ 10 milhões. Obviamente, como gremista, tenho preocupação com as finanças do clube, que vem sendo reestruturadas de maneira firme pelo presidente Romildo Bolzan, e sei que não é pouco dinheiro.
Ao mesmo tempo, confio nas soluções encontradas por nosso mandatário, que, na maior parte das vezes, ao lado de sua diretoria, tomou as decisões corretas na hora de trazer reforços.
Acredito na contratação por ter convicção que não se faz time forte sem investimento alto, nas peças certas, é claro. E com aquela mescla clássica: jovens talentos da base, alguns cascudos e uma ou outra estrela. É uma combinação histórica, que dificilmente dá errado, como vimos na campanha da Libertadores de 2017.
Boa parte daquele título devemos ao chamado fazedor de gols, Barrios, que foi de grande importância nas primeiras fases, até o fundamental jogo contra o Botafogo, quando seu gol de cabeça nos colocou na semifinal.
Barrios custou caro? Claro que sim. Mas se pagou, totalmente. Ou algum torcedor acha que levantaríamos o caneco sem sua presença no time? Para ver a falta que ele faz, ou a falta que faz qualquer outro centroavante qualificado, basta ver a quantidade de gols que perdemos no Gre-Nal e em todos os jogos deste ano...
André é jogador do setor, dará uma bela contribuição para o time e vem respaldado por bons números. De acordo com dados da imprensa pernambucana, ele encerrou 2017 com o melhor saldo de gols de sua carreira em uma única temporada, marcando 27 gols, ultrapassando, inclusive, o número de gols que havia feito em 2010 pelo Santos, quando atuava ao lado de Neymar e Ganso.
São números que o credenciam a desembarcar em Porto Alegre e assumir a titularidade.