Pelas notícias que circularam durante a participação do Grêmio no Mundial de Clubes, a renovação de Renato com o Grêmio estaria bem encaminhada. Segundo as mesmas informações, alguns valores, que não vejo como impeditivos, ainda emperravam o acerto final. Nesta terça-feira, seu procurador chegou a Porto Alegre para definir o futuro do ídolo gremista.
Obviamente, sei que o salário de Renato não é baixo, pelos valores que se comenta na imprensa gaúcha. Mas existem dois pontos básicos que devem ser levados em conta: primeiro, o custo-benefício do treinador.
Em um ano e três meses de trabalho, sob seu comando, o Grêmio quebrou um jejum de títulos e ainda conquistou de maneira incontestável a Libertadores da América, uma conquista que era difícil de imaginar até pouco tempo atrás.
Ok, o leitor pode argumentar que o Grêmio será o time a ser batido em 2018, que Renato terá dificuldades, sendo que seu trabalho é mais visado pelos adversários, e que ainda não sabemos quais reforços chegarão para o Tricolor no próximo ano. Aí, vem o segundo ponto: se Renato não ficar, qual opção de um grande treinador disponível no Brasil, atualmente, por um salário razoável? Não vejo, sinceramente. Para o Grêmio, ele está alguns degraus acima.
E, além disso, Renato tem total comando do grupo, o time joga por ele, na atual situação, é o gestor ideal para os jogadores gremistas. Com a visibilidade que ele ganhou com o título da Copa do Brasil, que só aumentou com o triunfo da Liberta, sua renovação tem que acontecer para ontem.
Um exemplo de como pagar a diferença de salário que ele pede, em relação ao que o Grêmio oferece? Simples. Só não renovar com Fernandinho, um bom jogador, mas que já deu sua boa contribuição para o clube.