Comemora, Tricolor! O Grêmio venceu o Lanús por 2 a 0 na Argentina nesta quarta-feira e garantiu o tricampeonato da Libertadores.
Na abertura do Balanço final, um texto do jornalista Marcelo Ferla, interpretado pelo ator gremista Werner Schunemann, homenageou a conquista do Grêmio.
Ouça:
Leia o texto:
América, eu sou Tri!
América, eu te dei três cores pra tingir o continente.
América, 29 de novembro de 2017.
Teu mais novo tricampeão é tricolor.
Tua Copa agora é azul, preta e branca.
América, eu sou o Grêmio do Brasil,
Da Baixada, do Olímpico e da Arena,
Do Moinhos, da Azenha e do Humaitá.
De 1983, de 1995 e de 2017.
De Tarciso, de Jardel e de Luan.
América, você tem Simón Bolivar, San Martin e José Artigas,
Eu tenho De León, Adilson e Geromel, um caudilho, um super-herói e um mito que ergueram tua taça para o alto e honraram teus libertadores.
América, eu te conquistei em Porto Alegre, em Medellin e em Lanús.
Eu sou o Grêmio do Rio Grande,
da Baixada, do Olímpico e da Arena,
De Lara, de Airton e de Maicon.
América, teus poetas produziram os mais lindos versos de sangue e de liberdade.
Meus atletas produziram as mais belas páginas de luta e de vitórias.
Eu sou o Grêmio de Porto Alegre,
Do Moinhos, da Azenha e do Humaitá.
De Foguinho, de Danrlei e de Ramiro.
América, eu e você fomos feitos um para o outro.
Você é gáutcha, eu sou gaúcho!
Eu sou o Grêmio, sou tricolor e sou tricampeão,
Branco como meus antepassados alemães,
Preto como meu tricampeão mundial Everaldo,
Azul feito Renato, minha mais perfeita tradução.
América, você é feita com sangue indígena e tem língua espanhola,
Eu sou feito por uma torcida de todas as raças que me alenta sem cansar,
Minha cúmplice na alegria e na tristeza,
Que até a pé viaja pelo mundo pra honrar meu manto.
América, eu tenho uma torcida que me faz querer ser santo.
Eu sou o Grêmio da alma portenha, da determinação germânica e da garra charrua.
Do cangaceiro Dinho e do catarinense Valdo, do elegante Gessy e do cão-de-guarda argentino Kanneman, do guarani Arce e do bugre Alcindo, do cearense Jardel e do gauchão Felipão, do acrobático Mazarópi e do veloz Paulo Nunes.
E de Marcelo Grohe, um goleiro de outro mundo.
América,
eu sou o Grêmio, sou tricolor e sou tricampeão,
e junto com minha torcida,
porque somos todos sempre um,
vamos entoar o nosso mantra,
com as bênções do velho Lupi:
Dale dale Tricolor / Dale dale Tricolor / Dale dale Tricolor, meu único amor.