O Estádio Olímpico Pedro Ludovico, palco do jogo entre Atlético-GO e Grêmio nesta quarta (2), às 21h45min, serviu de abrigo para as vítimas do maior acidente radioativo da história do Brasil, ocorrido em Goiânia, em 1987.
No dia 13 de setembro daquele ano, catadores de um ferro-velho entraram em uma clínica abandonada para recolher sucata e acabaram levando, sem perceber, um aparelho usado em radioterapia. O material, que acabou sendo repassado para várias pessoas, continha um metal altamente perigoso e radioativo, chamado césio-137.
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Como muitas pessoas foram expostas à radiação, centenas de goianos foram contaminados, no que foi considerado o maior acidente radioativo da história do Brasil e um dos maiores do mundo.
Na época, as possíveis vítimas eram levadas para o Estádio Olímpico Pedro Ludovico para serem examinadas e, em caso de necessidade, encaminhadas para tratamento. Nos dois meses seguintes à tragédia, quatro pessoas morreram por doenças causadas pela radiação, como câncer, hemorragia e problemas cardíacos.
No entanto, o número de vítimas da tragédia aumentou de forma significativa nos anos seguintes. Segundo a Associação de Vítimas do Césio 137, nas duas décadas posteriores, centenas de pessoas morreram ou apresentaram sequelas ou doenças causadas pela exposição à radiação.
De acordo com as autoridades goianas, tanto o Estádio Olímpico como o local onde ficava a clínica estão hoje livres de qualquer índice de radioatividade que possa gerar contaminação.
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