Há anos a torcida do Grêmio não vivia tamanha euforia. Mesmo que tenham se passado oito meses da conquista da Copa do Brasil, a torcida gremista vive sob a euforia do título. Mais do que isso: vê a possibilidade real de outras conquistas. Ao mesmo tempo, percebo uma certa desconfiança de uma parcela de torcedores. Afinal, foram quinze anos sem grandes títulos.
Hoje, de fato (e de direito), o Grêmio tem o melhor futebol do Brasil. Não tem um elenco galáctico como Palmeiras, Atlético-MG e Flamengo. Tem um elenco que mistura perfis de jogadores técnicos e outros operários. Uma engrenagem que, como chama o meu amigo, Gustavo Fogaça, comentarista da Rádio Gaúcha, forma um time orgânico. Todos sabendo o que têm de fazer. Uma doação coletiva, e individual, em benefício da vitória. Um organismo.
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Por vezes, principalmente na Arena, esse organismo tem enfrentado dificuldades, devido à tática de alguns times em estacionar um ônibus em frente à área gremista. Perdemos duas partidas consecutivas em casa jogando bem, o que é mais irônico. Em nenhum momento, mesmo no revés, a equipe de Renato foi contestada. Sequer o treinador. Este que vos escreve, por exemplo, estava tranquilo. Apenas disse que "Renato deveria buscar alternativas, quando tivesse os volantes espetados pela marcação". O treinador conseguiu encontrar a solução com Fernandinho. Uma aposta única e exclusiva de Renato. Com dribles curtos e arremates de média distância, o antes contestado jogador passou a ser uma arma para furar bloqueios montados por adversários.
Fora de casa, o Grêmio tem uma média de 1,9 gols por partida. Fruto da calma e do futebol orgânico, que citei acima. Porém, temos uma conta a quitar. Estamos em débito com seis pontos perdidos em casa no Nacional. É semana cheia, com jogo contra o São Paulo, segunda-feira, 20h, pelo Brasileiro, e Atlético-PR, quinta, 21h45, pela volta da Copa do Brasil.
Por isso, Renato, me dirijo a ti. Não poupe jogadores contra o São Paulo. O time paulista vive o pior cenário de sua história, com risco iminente de rebaixamento. Podemos buscar os três pontos do Avaí. Até segunda-feira, esqueça os paranaenses. Já estamos na semifinal. Se é para poupar, faça isso na Copa do Brasil. Nem uma chuva de Cléo Pires tiraria essa classificação do Grêmio.
Não quero focar competição, Renato. Quero focar a história. O céu é o limite. Tu nos permitiste sonhar. Agora, segura o rojão.
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