Eu não vi o jogador Renato Portaluppi. Apenas ouvi relatos embasbacados e alguns até corroborando o que o próprio falou em uma entrevista recente: o eterno camisa 7 do Grêmio foi melhor do que o português Cristiano Ronaldo.
O Renato treinador, este eu vi desde o início. Ele nunca montou times do jeito que eu penso e gosto de futebol. As duas passagens pelo Tricolor, em resultados, não me fizeram repensar. Ele simplesmente não me representava com ideias dentro das quatro linhas. Entretanto, os resultados sempre vinham. Como não apreciar o Renato treinador?
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Que fique claro: aqui não se questiona a competência do mesmo. Isto ele já provou há pelo menos uma década que tem. Estou dizendo que nunca fui fã dos jogadores indicados por ele, do estilo de jogo do seu time etc. Enfim, se eu fosse dirigente, jamais contrataria ele para substituir Roger Machado.
Eu (e muitos dos meus colegas jornalistas) não aprovei quando Portaluppi chegou na metade do ano passado. Eu imaginava que alguém com o perfil mais próximo de Roger seria o mais indicado para aquele time que tinha muito potencial. O Grêmio o trouxe e, em pouquíssimos meses, ele foi campeão da Copa do Brasil.
Dez meses se passaram desde sua chegada. Como se fosse um bom planejamento, a minha ideia precisou de tempo para nascer. Dito isto, eu como um dos incrédulos de outrora digo: Renato calou a minha boca.
O time dele ataca bem e se defende melhor ainda. As contratações foram pontuais e com uma porcentagem de acerto incrível. Michel, Leonardo Moura, Bruno Cortez e Lucas Barrios são titulares hoje e parecem jogar em Porto Alegre há anos. Esqueçam a história de que ele não estuda. Enquanto alguns se preocupam em debater isto, Renato ganha mais uma partida.
Pode ser que o Grêmio não levante nenhuma taça em 2017, mas a equipe vai brigar por todos os títulos que disputa de igual para igual. E, mesmo não sendo campeão, a admiração pelo Renato vai perseverar. Dá gosto de ver o time dele jogando. Virei um admirador do futebol praticado do Tricolor.
Nós, jornalistas, temos medo de dizer que erramos. Eu errei e a direção do Grêmio marcou um golaço ao contratá-lo. É este futebol bem jogado que nós gostamos de ver e cobrir. O meu trabalho já é um dos melhores do mundo: assistir a futebol. Se eu puder fazer isto vendo este time do Renato, melhor ainda.
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