Talvez o Grêmio não vença o Brasileirão. Da maneira que caminha o Corinthians, líder do campeonato e invicto depois de 14 rodadas, é até bem provável que o Tricolor acabe beliscando mais uma vez o vice-campeonato. Além do forte adversário, o Grêmio tem contra si esta anomalia que é o calendário de quem foi competente o suficiente em avançar na Libertadores e na Copa do Brasil.
É impossível manter o mesmo ritmo em três competições de tamanha grandeza. A Corinthians e Flamengo, outro que pode surgir como candidato à taça, só sobrou a Copa Sul-Americana – alguém lembrava ainda lembrava da existência dela?
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Mesmo que não conquiste o título em 2017, o Grêmio saiu do Barradão esta noite me deixando com uma certeza: aprendemos a jogar o campeonato nacional. Depois de quase 15 anos disputando a fórmula de pontos corridos, estamos prontos. Se já nos mostrávamos preparados para as competições de mata-mata, onde o filho chora e a mãe não vê, provamos ter o que é preciso para ganhar também um campeonato arrastado e traiçoeiro como o Brasileiro.
Nenhuma das outras quatro vitórias fora de casa me empolgou tanto. Nem mesmo o silenciador gol do Luan contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, me trouxe essa convicção. Em partidas grandes, o clima torna-se semelhante ao de mata-mata e, nessa hora, a nossa casca já se mostrou grossa.
Meu medo se apresentava em confrontos como o desta noite, contra um desinteressante adversário e em um quase inabitado estádio. Nessas situações a desconcentração toma conta, a pegada afrouxa e os três pontos escapam. Ou escapavam. O Grêmio de Renato provou que está pronto. Na Ilha do Urubu pode ser mais legal, mas é no Barradão que se conquista o Brasileiro.
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