O Grêmio é o clube de todos! Só não sabe esta verdade quem não quer
Quem conhece o torcedor do Grêmio e sua pluralidade comprovada inclusive por pesquisas científicas, rechaça e se revolta com a pecha canalha de torcida racista. Trata-se de uma mentira dita durante anos, com a intenção de parecer verdade, imitando prática nazista e cruel.
A história do clube comprovadamente foi desenhada com pessoas de todas as cores, classes sociais, gêneros e credos, o que fica cabalmente demonstrado também no trabalho de pesquisa realizado pelo escritor e jornalista Leo Gerchmann, em seus livros "Coligay – Tricolor de todas as cores" e "Somos azuis, pretos e brancos". Só não tem a informação quem não quer.
A barreira da segregação racial foi rompida no clube ainda no início do século passado. E ao contrário do que se diz, Tesourinha não foi o primeiro negro a vestir a camisa do tricolor, pois poucos anos depois da fundação o Grêmio já tinha atletas de descendência africana. Assim como nossa história diretiva encontra todos os matizes sociais e origens, como italianos, portugueses, espanhóis, poloneses, alemães, e de todas as religiões, ocupando cargos na gestão e no Conselho Deliberativo do clube. Quantos clubes no Brasil foram vanguardistas, como o Grêmio, tendo em seus quadros jogadores negros ainda na década de 1920?
Se as mazelas da nossa injusta sociedade são grandes, a torcida do Grêmio não se quedou inerte. Não para provar nada. Mas sim para seguir sendo plural e acolhedora, desde sempre, defendendo a importância de que isso seja imitado por todos no dia a dia.
Nós cultuamos e admiramos nossos ídolos de todas as cores. Por isso os jogos na Arena estão enfeitados com trapos que falam do "Clube de Todos" e de que "Somos todos Azuis, Pretos e Brancos". Por isso, no último domingo, tremulavam duas enormes bandeiras na arquibancada norte, com os rostos de Lupicínio Rodrigues e Everaldo. Por isso nossa bandeira carrega a estrela em homenagem a Everaldo e sua conquista em 1970. Por isso as nossas torcidas organizadas são formadas por pessoas de todas as cores, etnias e religiões.
Lupicínio, compôs nosso hino dizendo que "até a pé nós iremos" para todos os lugares onde esteja o Grêmio. Para a Baixada, a Azenha e o Humaitá. Sim, o bairro Humaitá que tanto nos orgulha. E nós, gremistas, não admitimos esta pecha. Não aceitamos mais esta injustiça e esta violência que fazem com o nosso clube. Somos, sim, o clube de todos. E se pensam que com estes ataques infames nos derrubarão, enganam-se. Seremos cada vez mais plurais e acolhedores para todos que queiram sentir a emoção e a felicidade de ser gremista.