Faltam seis vitórias para o hexa da Copa do Brasil, pontuava o vídeo exibido no vestiário aos jogadores do Grêmio. A primeira delas veio na noite desta quarta-feira (28), na Arena, por 4 a 0 contra o Atlético-PR, na abertura das quartas de final. E foi arrasadora. Disposto a provar que não restaram resquícios do domingo, o time de Renato imprimiu um ritmo que desnorteou o adversário e poderia ter feito até mais gols. Agora, irá garantir vaga na semifinal até com derrota por três gols, dia 27 de julho.
Houve uma época, na década de 1970, em que equipes do Interior gaúcho encastelavam-se em ferrenhas retrancas em jogos na Capital. Foi essa a postura do Atlético-PR no jogo, algo que deve ter constrangido seus torcedores. Como o adversário não saía do lugar, restou ao Grêmio, nos primeiros minutos, ficar trocando passes laterais, que pareciam não levar a lugar nenhum, mas também não incomodavam a torcida, que já parecia preparada para isso.
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Até que os espaços passaram a se abrir. Aos oito minutos, lançado por Edilson, Lucas Barrios trombou com a marcação e arrumou escanteio. Na cobrança de Edílson, Geromel cabeceou com perigo. Atlético não saía do lugar, restando ao Grêmio uma troca de passes laterais.
Os torcedores ergueram-se das cadeiras pela primeira vez aos 11 minutos, em chute rasteiro de Luan, que Weverton salvou. Se havia retranca, ela já havia desabado. As chances, assim, se avolumavam. Aos 16, Luan, de intensa movimentação no jogo, uma espécie de elo com todos que vinham de trás, chutou para nova defesa do goleiro.
Só houve um susto pouco depois, quando Grohe segurou com a mão recuo de Geromel e o árbitro marcou falta. Houve instantes de apreensão. Logo convertidos em aplausos quando, no chute de Nikão, Ramiro se jogou na frente e salvou. Começou, então, a avalanche de gols. Aos 22, Pedro Rocha criou a jogada e serviu a Barrios, que, de fora da área, fez 1 a 0 com um chute potente. Inspirado, Pedro Rocha criou o segundo gol. A 29 minutos, ele tabelou com Barrios,a bola bateu no zagueiro e o paraguaio, na sobra, ampliou.
O massacre prosseguiu. Aos 32, Luan bateu escanteio e Kannemann, na primeira trave, torneou de cabeça: 3 a 0. Em uma noite de êxtase, até Grohe, criticado pela falha contra o Corinthians, foi aplaudido. Aos 44 minutos, defendeu chute de Rossetto.
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O ímpeto, como se poderia prever, sofreu uma pequena redução no segundo tempo. O Grêmio passou a ceder campo ao Atlético-PR, que não soube aproveitar. Quando avançava, o time de Renato voltava a deixar aberta a possibilidade de marcar. Como aos 12 minutos, em nova jogada iniciada por Pedro Rocha. De seu cruzamento, veio o arremate de Lucas Barrios, já com uma touca de natação na cabeça, devido a uma lesão. A bola parou nas mãos do goleiro.
Aos 14, em sua última participação antes de ser expulso, Nikão chutou para nova defesa de Grohe, outra vez aplaudido. De novo, o jogo passou a ter apenas o Grêmio como protagonista. Como se não tivesse feito nenhum gol, o time roubava bolas na intermediária e avançava com determinação na direção da área. Sempre com o brilho de Pedro Rocha, em noite de gala. Aos 26, ele serviu a Ramiro, que, sem marcadores pela frente, chutou rastreiro e a bola bateu na trave.
Barrios voltou a ter chance de marcar pela terceira vez aos 32, depois que o chute de Arthur e a bola ficou em sua frente, mas com pouco ângulo para a conclusão. Já com Everton e Lincoln em campo, o Grêmio voltou a assustar com chute de Fernandinho, muito alto. A festa foi fechada a 41. Everton, com instinto de goleador, recebeu de Fernandinho e fez 4 a 0 com um chute rasteiro. O jogo de volta se anuncia como protocolar.
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