Contratado há oito meses, para melhorar o desempenho do time em meio ao Brasileirão e à Copa do Brasil de 2016, Renato Portaluppi ouviu muito que pegou um time montado por Roger Machado e pouco precisou fazer para ajustar o que havia se desregulado nos jogos anteriores.
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Era um time com sérios problemas na bola aérea defensiva, sem um "fazedor de gols", que havia sofrido goleadas vexatórias para Coritiba e Ponte Preta e amargava apenas a nona colocação no Brasileirão do ano passado.
Renato assumiu e organizou a casa. Deu nova vida para Ramiro, atualmente um dos principais jogadores do time. Kannemann se firmou na zaga com Geromel de parceria a partir da chegada de Renato. Antes, tinha cinco jogos com Roger de técnico e 10 gols sofridos pela defesa tricolor.
O modelo tático de Roger Machado foi mantido. E o penta da Copa do Brasil foi conquistado com todos os méritos de Renato Portaluppi. Ele comandou o time em sete das oito partidas. Com a chegada de 2017, continuava-se dizendo que o Grêmio ainda era "o Grêmio do Roger". Mas o que se vê dentro de campo é bem diferente.
O Grêmio perdeu várias peças. Walace vendido. Douglas, Edílson e Maicon estão lesionados. Mas também contratou: chegou entre tantos, o "fazedor de gols", Lucas Barrios. O centroavante que Renato tanto gosta. E a adaptação dele ao esquema atual é toda obra de Renato. Já são 10 gols na temporada. Renato apostou no "velhinho" Léo Moura, rebaixado com o Santa Cruz em 2016. O polivalente deu conta do recado. E veio Michel do Atlético Goianiense. E Bolaños foi recuperado. E surgiu Artur.
E assim temos um novo Grêmio. Completamente diferente dos primeiros oito meses de 2016. Fracassou no Gauchão, é bem verdade. Mas parece ter reencontrado o futebol que levou o tricolor de volta ao topo do futebol brasileiro em dezembro.
Um modelo de jogo definido, semelhante ao do técnico anterior, mas com novas peças, novo ânimo e sem linguagem rebuscada, que diz a mesma coisa de tempos de outrora, só com nomenclatura e verborragia dita moderna.