Victor Bobsin, 17 anos, viveu um dia de celebridade no CFT Hélio Dourado nesta quarta-feira, em Eldorado do Sul. Com a medalha da conquista do Sul-Americano Sub-17, Bob, como é conhecido na base do Grêmio, foi parado por meninos de várias categorias, funcionários e técnicos. Timidamente, atendia a todos com simplicidade. Com sete convocações, o volante é recordista do clube nas seleções de base.
– Cresci gremistão, então meu sonho agora é chegar ao profissional e jogar na Arena. Mas sei que preciso ter paciência, vou trabalhar enquanto espero chegar minha oportunidade – comentou.
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Pelo porte físico, atualmente mede 1m82cm, o porto-alegrense começou nas escolinhas como zagueiro. Mas a boa técnica despertou em seus treinadores a ideia de que poderia render mais se fosse adiantado. Virou volante, algumas vezes até meia, e passou a acumular títulos na base gremista.
Nas concentrações, adquiriu o hábito de assistir aos vídeos de velhos conhecidos da torcida. Gosta de ver Lucas Leiva, Fernando e, agora, Walace atuando nos campeonatos europeus. Mas o estilo de Sergio Busquets e de Casemiro também estão no repertório de imagens que Bobsin analisa para tentar aprender movimentos, reações e a forma como os volantes modernos estão buscando atuar.
– Sou um volante técnico. Gosto de fazer lançamentos, me aproximar para trocar passes. Tento ter tranquilidade para jogar. E como sou marcador, preciso fazer tudo com segurança – diz, lembrando os puxões de orelhas dos técnicos para não descuidar da proteção aos zagueiros.
Em cinco anos de base no Grêmio, conquistou dois Efipans, três títulos gaúchos e também a Taça Cidade Verde. Um desempenho que chamou a atenção da CBF. Em 2014, com 14 anos, recebeu a primeira oportunidade para a seleção sub-15. Desde então, virou presença constante nas listas de convocados. No início do ano, fez parte dos 23 meninos chamados para a disputa do Sul-Americano Sub-17 no Chile. Titular, Bobsin fez parte da seleção que atropelou seus adversários no caminho até o título invicto da competição. Em nove jogos, o Brasil conseguiu sete vitórias e dois empates. Marcou 24 gols e sofreu apenas três.
Com sete camisas da seleção na mala, como lembrança da conquista, o garoto voltou a Porto Alegre na última segunda-feira. Ganhou férias de uma semana dos treinos e da escola – é aluno do 1º ano do Ensino Médio. Então, sobrou tempo para matar a saudade da família, amigos e da namorada Caroline Pereira. Em um boliche da Capital, teve uma festa surpresa organizada. Na terça, aproveitou para jogar uma pelada com os amigos, mas desta vez, nada de marcar:
– Com eles, jogo mais livre, né!
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