De ex-zagueiro do São Paulo-RG no início do ano, Márcio Nunes transformou-se na principal esperança do clube de Rio Grande em se manter na elite do Gauchão. Ao assumir o time após a demissão de Gilson Maciel, o ex-auxiliar de 36 anos terá hoje contra o Grêmio o maior desafio de sua curta carreira de técnico. Veja como ele está preparando sua equipe.
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O São Paulo jogará a vida para evitar o rebaixamento?
A dificuldade é enorme. Mas temos de encarar como o jogo da nossa vida. Nossa situação é de sobrevivência, para o Grêmio é de confirmação de colocação na tabela. Para a gente, é como se fosse um título do interior gaúcho. Vamos ter o apoio do torcedor, isso ajuda muito. Nós também precisamos minimizar os erros em campo. Não podemos contar com resultados paralelos.
A dificuldade será a mesma contra um Grêmio reserva?
Mesmo sendo uma equipe de reservas, é um adversário de altíssimo nível. Por isso, nosso time precisa ter humildade e entrega para marcar o Grêmio. Com posse de bola, temos de marcar e agredir. Como equipe grande dificilmente erra, temos de ser cirúrgicos.
Como será a postura da tua equipe em campo?
Por jogar em casa, contaremos com a força da torcida. Nossa equipe irá ao ataque, mas de maneira organizada. Em Veranópolis, nosso time foi mais retraído. Aqui, não podemos dar brechas ao Grêmio. Propondo o jogo, corremos o risco de que eles, em um contra-ataque, possam pegar nossa defesa de surpresa. Nosso desafio é manter a organização ali atrás.
De jogador, você virou técnico do time em um momento de emergência.
Me preparei para o Gauchão como atleta. Mas eu me programava para parar, fiz cursos. Quando o Franco, um dos auxiliares do Gilson (Maciel, ex-técnico) deixou o clube, fui convidado para integrar a comissão. Por ter o respeito do grupo, a direção optou por me colocar à frente do time. Foi tudo muito rápido, dormi como jogador e acordei como técnico.
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