O empate em 2 a 2 no Gre-Nal 412 desagradou Renato Portaluppi – mas a atuação do Grêmio mereceu elogios rasgados do técnico tricolor. Questionado sobre o que achou do rendimento do seu time no clássico deste sábado, e também dos comentários do adversário Antônio Carlos Zago de que o Inter merecia ter vencido, o treinador gremista disse que sua equipe, sim, deveria sair de campo com um placar melhor. E aproveitou para provocar o tradicional rival.
– Vai me desculpar, o Antônio Carlos. A maior prova de tudo foi de que demos o bicho por vitória, por tudo que fizemos. Se vocês analisarem o jogo, vão ver quem merecia ganhar. Eles têm mais é que comemorar mesmo, pois pegaram um time de Série A e empataram na Arena. Fizeram festa. Nós ficamos tristes. Acho que eles viram outro jogo. Na minha opinião, foi um massacre. Quem buscou o gol, a vitória, o tempo todo, foi o Grêmio. No primeiro tempo, nem lembro de o Inter ter uma oportunidade. Se eles estão satisfeitos, merecem ficar. Eu, meu grupo, diretoria, estamos tristes, pelo que fizemos. Mas acontece. Faz parte – disse o treinador após a partida.
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Por que o jogo terminou empatado?
O Grêmio dominou o primeiro tempo, e no segundo tempo deixou de jogar 10 minutos. Foi o tempo que o Inter aproveitou e fez os dois gols. No meu entender, sem demagogia, o Grêmio foi muito superior ao Inter o tempo todo. Uma prova disso é até a maneira que acabou, pressionando. Só que infelizmente demos bobeira no início do segundo tempo, tomamos dois gols bobos. O Inter se deu bem, mas depois o Grêmio tomou as rédeas do jogo. Muito, muito superior ao nosso adversário, mas infelizmente não tivemos o resultado que gostaríamos.
Opção por Pedro Rocha no lugar de Barrios como titular
Quanto à opção, por alguns motivos: o entrosamento do time. O Uendel apoia bastante, é bom jogador, e se eu colocasse o Barros de início teria que colocar o Luan aberto, e ele não tem essa característica. Foi por isso que o Barrios não começou a partida. É importante o treinador, independente de quem começa, ter a opção de mudar o esquema durante a partida. Foi o que aconteceu. Tenho que acostumar o time a jogar com um jogador de área, algo que a gente não tinha há muito tempo.
Decisão de poupar Maicon
O Maicon, se fosse uma final, iríamos arriscar. Como não era, foi um problema de panturrilha, passei minha experiência para ele. Hoje mesmo ele foi no meu quarto, conversamos, passei o que é a dor, em conjunto tomamos a decisão, que era melhor para todo mundo. Ele sentiu na terça, ficou tratando, ontem colocamos no treino. Ele sentiu um pouquinho no teste. Foi para o bem dele, para a gente ver se ele vai conseguir se recuperar para o jogo de quinta-feira. Acho que foi uma decisão inteligente poupá-lo. O Michel entrou muito bem. Por isso que é importante ter um grupo bom, grande, porque nem sempre você vai ter todo mundo.
Marcação sobre D'Alessandro
O D'Alessandro é muito inteligente, quando ele joga você sempre precisa tomar cuidado. Pedi para que diminuíssem o espaço dele, pois no momento em que você deixa o craque pensar, ele faz a jogada. Um jogador meu sempre estava atento. Acho que fomos bem neste quesito.
Preparação para a estreia na Libertadores
A gente procura se preparar da melhor maneira possível. Estamos encontrando na parte física, na parte técnica, com o Barrios. Agora é esperar o jogo de quinta e fazer de tudo para estrear bem, porque o jogo é importante. O impacto é que a minha equipe fez a melhor equipe do ano. Foi o adversário mais difícil, e o meu time jogou bem. Foi a mesma equipe da Copa do Brasil. Fiquei contente, assim como o torcedor. Não veio a vitória, mas valeu o que fizeram nos 90 minutos.
Motivos do início ruim no segundo tempo
A equipe recuou porque eu pedi nos primeiros minutos. Por quê? Porque o Inter fez duas substituições, pedi para eles verem como o Inter ia entrar. Queria saber de que maneira ia jogar, demos campo e as oportunidades para eles crescerem e marcaram os dois gols. A gente sempre busca o melhor, troca ideias, é o que eu sempre falei: cinco ou seis cabeças sempre pensam melhor.
Atuação de Lincoln
Ano passado não tínhamos tanto tempo assim para corrigir o Lincoln. Ele é um garoto, vamos soltando aos poucos, temos que tomar cuidado para não lançar na hora errada e queimar. Tem entrado, entrado bem. A bronca, que eu chamei mais a atenção dele: senti que o D'Alessandro ia chamar a falta, ele não deveria nem encostar. No meu entender, não foi nem falta, mas ele tinha que cercar.
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