A partir desta sexta-feira, o Grêmio se retirou oficialmente da mesa de negociações pela compra da gestão da Arena. Antes procurando estabelecer o diálogo, o clube agora irá aguardar ser chamados novamente. Enquanto espera que os parceiros cumpram com os acordos debatidos incessantemente nos últimos anos, a relação do clube com o estádio não será alterada. A única providência prática tomada pelo Grêmio é a suspensão dos serviços das duas empresas de assessoria contratadas, uma jurídica e a outra econômica, para intermediar o contato com os bancos e a OAS. O presidente Romildo Bolzan resumiu o estado da novela:
– O estádio é do Grêmio, apenas a gestão que é da OAS. Se quiserem tocar o assunto, é por conta deles. Não iremos mais fazer as articulações de negociações que fazíamos. Esperamos que as outras partes tomem a iniciativa se quiserem ou não concluir o negócio – explicou.
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Com a suspensão dos contratos das assessorias, o Grêmio irá receber diretamente as novas posições dos bancos, sem intermediação.
– Se quiserem entrar em contato conosco, estamos à disposição.
A Arena Porto-Alegrense, empresa criada pela OAS para a administração do estádio, segue como a responsável pela gestão do equipamento, pagamento dos financiamentos da construção junto ao BNDES, custo dos jogos e funcionários. Em contrapartida, recebe as rendas dos jogos e explora publicidade e espaços VIPs. Para que seus sócios possam entrar nas partidas, o Grêmio paga mensalmente cerca de R$ 1,7 milhões à gestora.
Como fica:
Gestão do estádio
Embora mande seus jogos na Arena, o Grêmio não faz a gestão de seu estádio. A empresa Arena Porto-Alegrense, que tem o executivo Marcelo Jorge como presidente, é a responsável por administrar o complexo. Além de gerar receitas com vendas de camarotes e publicidade, por exemplo, também opera o estádio em dias de jogos.
Posse do terreno
Na matrícula do registro de imóveis na Capital, o terreno sobre o qual está a Arena pertence às empresas OAS 26 e Karagounis Participações S.A. No contrato para a construção do estádio, a propriedade da área seria repassada ao Grêmio como permuta pelo Olímpico, na Azenha. No entanto, o Grêmio só realizará a chamada "troca de chaves" quando o terreno da Arena estiver desonerado - atualmente é garantia no pagamento do financiamento do BNDES.
Renda dos jogos
A renda dos jogos realizados na Arena vai para o caixa da Arena Porto-Alegrense. Mas parte deste valor é recebido pelo Grêmio através do quadro social – os sócios pagam direto ao clube. Para acomodar os associados nas partidas, o Grêmio paga R$ 1,5 milhão mensal à gestora do estádio.
Custos de manutenção
O custo médio para abrir os portões da Arena é de R$ 180 mil por jogo – varia conforme o tamanho da partida e pessoal envolvido na operação. Como o processo é gerido pela Arena Porto-Alegrense, o Grêmio não tem gastos com a manutenção do estádio.
Estacionamento e espaços VIP
São explorados exclusivamente pela Arena Porto-Alegrense. A gestora do estádio gera receita com a venda de vagas para o estacionamento, sejam fixas ou rotativas, e também com a comercialização de áreas VIP, como camarotes e cadeiras gold. O Grêmio não lucra com estes espaços.
Financiamento para construção
Foi tomado pela OAS junto ao BNDES junto aos bancos repassadores Santander, Banrisul, Banco do Brasil e Bradesco no valor de R$ 170 milhões. As parcelas são pagas mensalmente pela Arena Porto-Alegrense.
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