Como a maior parte da torcida gremista, é claro que fiquei frustrado com o empate no Gre-Nal, contra um time de Série B, que foi totalmente envolvido pelo Grêmio no segundo tempo. Porém, jogos são feitos de dois tempos, 90 minutos e detalhes que podem mudar o resultado de uma partida a qualquer momento. Faço essa ressalva para demonstrar minha preocupação com a absoluta apatia que se instalou no Grêmio no começo do segundo tempo, quando nossos volantes, principalmente, olharam o meio campo colorado jogar, até tomarmos dois gols em um curto espaço de tempo.
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Claro, é primordial reconhecer que o técnico do coirmão fez um grande trabalho no intervalo, mexendo nas peças certas e mudando a postura de jogo. E claro, colocando em campo Nico Lopez, um belo atacante. Mas não é só isso. O Grêmio voltou para o segundo tempo achando que o jogo seguiria igual, sob o seu comando, coisa que dificilmente acontece em clássicos desse tamanho. Por pouco, não levamos o terceiro gol e transformamos em um vexame uma tarde que tinha tudo para ser gloriosa. Como Renato tem estrela, ele colocou Fernandinho, que entrou e já deixou sua marca, de cara.
A postura do Grêmio no começo do segundo tempo me preocupa bastante. Por sorte, o Inter é um time mediano, que está em reconstrução e não foi competente para matar o jogo. Mas, meu receio é que, caso uma bobeira dessas aconteça em uma Libertadores, com times mais qualificados, temo que não haja tempo para recuperação. Ao mesmo tempo, não podemos desconsiderar que o Grêmio jogou sem mais da metade do seu meio-campo que terminou 2016 em alta (Maicon e Douglas machucados, e Wallace vendido). São desfalques consideráveis, o que deixa a direção pressionada a contratar para aquele setor, tão importante e vital.
Por fim, a alegria deste colunista foi ver, mais uma vez, o ótimo desempenho de Bolaños, que eu defendi arduamente em 2016. O domínio e o chute para o gol são de jogadores que sabem o que fazem com a bola. Ele é diferenciado.