O Grêmio deve ter quase um time inteiro de cascudos para o Gre-Nal do próximo sábado. Entre os 11 prováveis titulares, ao menos 10 já disputaram o clássico. O único estreante, ao que se anuncia, seria o centroavante Lucas Barrios, contratado semana passada do Palmeiras. Caso o lateral-direito Edílson seja vetado pelos médicos, outro a debutar em Gre-Nais será Léo Moura.
Por outro lado, o mais experiente, disparado, é o goleiro Marcelo Grohe, que já atuou em 24 clássicos com a camisa do Grêmio no profissional. Sua estreia ocorreu em 2006, nos dois empates com o Inter na final do Gauchão que valeram o título ao time então treinado por Mano Menezes.
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Desde então, foram seis vitórias, seis derrotas e 12 empates. Está próximo de superar Danrlei, goleiro multicampeão na década de 1990, que disputou 28 clássicos, com nove vitórias, nove derrotas e 10 empates. O Gre-Nal mais marcante para Danrlei foi o último em que jogou, o 355, no Brasileirão 2003, no qual teve atuação de gala, fechando o gol, digna da manchete "Danrlei 0 x 0 Inter" publicada em ZH.
Naquele momento, a experiência do goleiro fez a diferença numa equipe que fazia má campanha e havia trocado o técnico - Darío Pereyra substituiu Tite.
– Naquele Gre-Nal, eu estava num dia daqueles. Mas foi a experiência que me deu tranquilidade para jogar. Principalmente nos momentos em que o jogo dá uma encrespada, quanto mais jogadores você tiver que possam aguentar a pressão, melhor – avalia.
O goleiro entende que, agora, o cenário é exatamente o oposto daquele ano. Para Danrlei, pela queda do Inter à Série B e a reformulação do rival, o Grêmio, com mais entrosamento, entra em vantagem no clássico.
– O Inter virá com um time quase novo depois do que aconteceu no ano passado. Não está tão desfigurado quanto estava o nosso em 2003. Mas, para o Grêmio, ter jogadores mais experientes é bom. Só que precisa ter cuidado, porque quando começa o Gre-Nal, tudo pode mudar – adverte.
Outro experimentado em clássicos é Atílio Genaro Ancheta, zagueiro que atuou no Grêmio entre 1971 e 1979, que disputou 29 Gre-Nais, com cinco vitórias, 12 derrotas e 12 empates. O uruguaio, que atuou no Olímpico em uma década de domínio do rival, vê a experiência como um fator importante. Mas que não define o resultado.
– Entrar num Gre-Nal sempre é diferente. É um jogo de garra, com rivalidade muito forte. Os mais experientes, claro, têm mais condições de suportar o jogo. A mistura com os mais jovens sempre é o melhor, mas é dentro do campo que tudo vai se decidir – entende Ancheta.
Experiência
Grêmio terá um time de cascudos liderado por Grohe no Gre-Nal 412
Goleiro é, entre os 11 prováveis titulares para sábado, o jogador do grupo de Renato Portaluppi que mais atuou no clássico, com 24 jogos disputados
Adriano de Carvalho
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