Vivemos uma semana surreal. Difícil de acreditar que, depois de 15 anos sem conquistas de expressão e de muita corneta, o Grêmio levou o penta da Copa do Brasil e o Internacional foi rebaixado. Nem nos sonhos mais delirantes imaginei ver algo parecido. Aos vermelhos, lembro de uma lição: time grande também cai. E volta.
Talvez o futebol, em seus caminhos tortos, tenha equilibrado a balança de frustrações e façanhas da dupla Gre-Nal. Há 10 anos, recordo como se fosse ontem, fiquei sentado na cama mirando perdido o horizonte. O Inter venceu o Barcelona, era campeão do mundo da forma mais improvável possível.
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Desolado, pensava que naquelas discussões inúteis de quem é maior, nosso mundial era um trunfo imbatível. O Inter igualou e ainda ficou com a corneta pelos rebaixamentos do Grêmio. Cansei de ouvir "time grande não cai". Cansei de ser chamado de "segundino". Pois uma década depois, o rival caiu.
E agora? Aproveitando a flauta, quem batia no peito para dizer que grande jamais desce, vai mudar de opinião ou dirá que seu clube encolheu? Como gremista, minha paixão jamais arrefeceu. Time grande também cai. E volta fortalecido. É uma máxima que a torcida do Grêmio já viveu.
Quando Pedro Ernesto lascou o "inacreditável" da Batalha dos Aflitos, pensei que nunca veria algo tão difícil de crer. Grêmio campeão e Inter na B. No aniversário de 33 anos do título mundial azul, o Inter caiu. Outro 11 de dezembro histórico.
Falando em Grêmio, perdemos na ultima rodada do Brasileirão para o Botafogo na Arena. Confesso que vi o jogo de relance. O futebol em 2016 acabou da forma como nem o mais otimista dos gremistas idealizou. Nos vemos em 2017. Na Libertadores e na Série A.
*ZHESPORTES