Desta vez, o Grêmio não cumpriu o tradicional roteiro de se impor frente aos grandes no Brasileirão. A consequência foi a derrota por 2 a 1 para o Flamengo, sob sol forte e escassa umidade de Brasília, que retirou a equipe do G-4 e a deixou na obrigação de ganhar o jogo atrasado com o Botafogo. No meio da semana, o time estreia na Copa do Brasil, em Curitiba, contra o Atlético-PR.
No primeiro tempo, o Grêmio pareceu não ter despertado para o jogo. Envolvido, desde o início, pela maior disposição do Flamengo, só não sofreu mais gols pela destacada atuação de Marcelo Grohe. Já a 11 minutos, um cruzamento de Pará acertou o travessão. O defeito era mais grave nas laterais. Pela direita, Wallace Oliveira atrapalhava-se com os avanços de Jorge e os deslocamentos do estreante Diego e Gabriel. Na esquerda, Marcelo Oliveira era lento no combate a Everton e Pará. Também havia uma frágil proteção na frente da área, talvez motivada pela ausência de Jailson, suspenso. Um conjunto de fatores que transformou o Grêmio numa equipe diferente da habitual. A 13 minutos, Marcelo Oliveira errou a saída, Diego aproveitou-se e lançou a Leandro Damião, que deu um perigoso chute em diagonal.
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O Grêmio custou 20 minutos para dar seu primeiro chute, por Everton, sem o mínimo risco para Alex Muralha. Chance, mesmo, só a de Wallace Oliveira, que tabelou com Ramiro e arriscou de fora da área, rasteiro, bem próximo da trave.
O Flamengo tratou de sufocar esse esboço de reação com um volume avassalador. A 24 minutos, Grohe defendeu bicicleta de Damião. A 25, o voleio de Rafael Vaz passou perto. A 27, nova defesa de Grohe, em chute de Cuéllar.
Até que saiu o gol. Na verdade, o Flamengo marcou duas vezes para que uma valesse. Depois de toque de Geromel em dividida com Réver, Damião marcou de bicicleta. Mas o árbitro Raphael Claus havia marcado o pênalti do zagueiro. Na cobrança, Damião deixou Grohe sem ação.
Reação do Grêmio? Nada disso. O time ainda escapou do segundo. Damião driblou Geromel no meio de campo e lançou a Everton. Este livrou-se de Wallace Reis e arrematou, Grohe defendeu parcialmente e Marcelo Oliveira salvou quase sobre a linha.
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Com Lincoln, colocado no lugar do improdutivo Wallace Oliveira, Roger Machado buscou, simultaneamente, criatividade e recomposição no meio. Com exceção de um chute de Jorge, que avançou sem marcação e tentou da entrada da área, o Flamengo deixou de incomodar. O Grêmio, ao contrário, exibiu a energia que sua torcida cobrava e só não empatou pela imperícia de Bolaños. A 13 minutos, após passe certeiro de Douglas, o equatoriano demorou a arrematar e permitiu que Pará salvasse. Apenas um minuto depois, Muralha foi preciso no salto para defender chute de Geromel.
Aí, veio um gastigo inesperado. A 24 minutos, Pará acertou um raro cruzamento e Diego, após o salto errado de Everton, concluiu de cabeça e fez 2 a 0. A resposta foi imediata. No cruzamento de Ramiro, Pedro Rocha errou a primeira conclusão, mas Henrique Almeida, que havia entrado no lugar de Bolaños, foi mais rápido do que Alex Murallha e empurrou para dentro do gol. Eram 26 minutos e havia tempo para o empate.
As mudanças se sucederam. No Flamengo, por cansaço. No Grêmio, como forma de aumentar a agressividade. As chances, porém, foram em menor escala do que o esperado, apesar da insistência de Henrique Almeida. A 41 minutos, Lincoln acertou a barreira em falta. Numa das últimas, Geromel tentou cabecear na área, mas Muralha foi mais rápido e defendeu.
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