Foi pela voz de Gilmar Rinaldi que Walace recebeu a notícia mais importante de sua carreira. Passava da meia-noite de dois de junho e o volante já estava deitado no quarto quando seu celular tocou na concentração em São Paulo, onde o Grêmio enfrentaria o Palmeiras. Do outro lado da linha, o hoje ex-coordenador da CBF informava a convocação para o lugar de Luiz Gustavo na Seleção para a disputa da Copa América. O jogador de 21 anos perdeu o sono.
– Me surpreendeu muito. Até era um número estranho me ligando, desconfiei de início. Fiquei feliz e nervoso, só consegui dormir às 3h da manhã – sorri. – Mas só acreditei mesmo quando confirmaram no site da CBF – completa.
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O chamado para a Seleção Brasileira surgiu como um prêmio ao menino de riso fácil que, há seis anos, lavava pratos e limpava o chão no restaurante que sua mãe Aline mantinha em Salvador. Com 15 anos, Walace saía da escola e trabalhava à tarde para ajudar a servir as feijoadas, os acarajés e peixes preparados com tempero caseiro. Nada mais natural que a mãe fosse a primeira pessoa a saber da convocação.
– Eu pensava em jogar bola, mas não a ponto de chegar à Seleção. Ainda mais com pouca idade, só 21 anos. Para mim, tudo é novidade. Estou no melhor momento da minha carreira, espero que as coisas sigam assim – avalia.
Entrevista
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Adriano de Carvalho
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