Mesmo com três jogadores acometidos por caxumba – Ramiro é o caso mais recente, após Henrique Almeida e Luan também terem sido infectados –, o Grêmio só fará vacinação contra a doença a partir da próxima semana, quando a delegação voltar de Quito. Segundo o médico Márcio Bolzoni, apesar dos cuidados adotados pelo clube, é possível que novos casos possam ocorrer.
– Todos estiveram expostos ao vírus, em menor ou maior frequência. Nos três casos, eles não tinham imunidade. Estamos em contato com infectologistas para discutir o melhor momento de vacinar o grupo. Mas não será antes da viagem ao Equador. Infelizmente, podemos ter outros casos, se um jogador já estiver com o vírus e a doença ainda não tiver se manifestado – alerta Bolzoni, que informa que a vacina leva 30 dias para fazer efeito.
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Em razão da forma de contágio pelo ar, não há a previsão de modificar os locais de treinos e concentrações. Conforme o médico, as instalações ficam livres de contaminação após 20 dias sem o surgimento de novos casos. Ainda assim, isso não impede que, no contato com familiares ou com pessoas próximas, o vírus seja transmitido.
– Não estamos falando de ebola, mas de caxumba. As pessoas não deixam de ter vida social. Certamente este contato é mais próximo, há faixas de risco. Mesmo no contato com familiares, pode ter contágio – completa.
Infectologista sugere vacinação nos atletas
O médico infectologista Paulo Ernesto Gewehr Filho, coordenador do Núcleo de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento, na Capital, entende que o ideal para o Grêmio seria a vacinação imediata de todos os jogadores. Conforme o especialista, o surgimento da caxumba no grupo se deve ao fato de algum jogador não ter sido vacinado quando criança ou por não ter recebido as duas doses necessárias para a imunização.
– A vacinação de bloqueio é necessária para evitar a novos casos – explica.
Além disso, Gewehr esclarece que quem já teve a doença quando criança não corre o risco de ser infectado. E informa que o risco de que a caxumba recolha para os testículos (o que pode causar infertilidade) é de cerca de 30% dos casos.
– O ideal é sempre verificar a carteira de vacinação para checar se as doses estão em dia – alerta.
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