Após o surto de caxumba no Grêmio, o clube estuda vacinar os jogadores depois do jogo com a LDU. Com Luan – já recuperado –, Henrique Almeida e Ramiro já afastados, o médico Márcio Bolzoni concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira para falar sobre os casos. Mesmo com os cuidados adotados, é possível que novas vítimas do vírus possam ser identificadas nos próximos dias.
– O vírus não está no ar, está no atleta. Quem tiver contato, está em risco. A providência é tirar do convívio qualquer atleta que apresentar sintomas. A maioria dos jovens deve ter imunidade pela vacina da infância – explicou Bolzoni, antes de falar sobre os cuidados que o clube poderia adotar:
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– Toda doença infecciosa não está sob nosso controle direto, as atividades em grupo estão sujeitas a maior risco. Onde se divide ambientes, há uma possibilidade de risco. É difícil.
Em razão da forma de contágio, não há a previsão de alterar os locais de treinos e concentrações. Outro ponto abordado é a possibilidade de que novos casos sejam confirmados nos próximos dias em função do período de incubação.
– O período de incubação é de 10 a 15 dias. Tivemos o Ramiro com a manifestação agora. Alguns podem já ter pego de outros e vir a se manifestar nesta semana. Mesmo após o caso do Luan, a vacina não teria impedido. Não adianta tomar hoje e achar que não pegará mais. É um dilema, estamos buscando orientações de especialistas desta área.
Segundo Bolzoni, o clube estaria livre de contágio entre os jogadores após 20 a 30 dias sem o surgimento de novos casos. O problema é que isso não impede que, no contato familiar ou com pessoas próximas, o vírus seja transmitido.
– Não estamos falando ebola, mas de caxumba. As pessoas não deixam de ter vida social. Certamente este contato é mais próximo, há faixas de risco. Mesmo no contato com familiares, pode ter contágio – disse o médico.
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