Contra o Brasil-Pel, esta noite, às 19h30min, o Grêmio abre o mata das quartas de final do Gauchão. Para o lateral-direito Wallace Oliveira, que entra no lugar de Ramiro, baixa por caxumba, será uma chance preciosa de se firmar no time para a decisão com a LDU, em Quito, dia 13, pela Libertadores.
Buscado por empréstimo no Chelsea, o garoto de 21 anos ainda não superou a sombra de Galhardo, eleito o melhor da posição no Brasileirão do ano passado, que agora está no futebol belga. Com oito jogos pela equipe de Roger, Oliveira estreou exatamente contra o adversário desta noite, na vitória por 3 a 1 pela primeira fase do Gauchão. Teve atuação promissora, com intensidade no apoio. Mas não conseguiu manter o nível nas partidas seguintes. Além disso, um edema na coxa direita interrompeu sua sequência no time por 10 dias.
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Sua maior qualidade está nas funções ofensivas. Desde a base do Fluminense, em Xerém, Wallace chamava a atenção pela técnica e pelo drible. Tanto que, quando o clube carioca trouxe Deco do Chelsea, em 2010, deu preferência de compra do guri aos ingleses. Após o título do Brasileirão, em 2012, o lateral foi vendido por 5,5 milhões de euros. Mas, se era atrevido nos campos, ficava acanhado no vestiário.
– Ele já mostrava potencial, chegava ao ataque com velocidade. Mas era um menino num time que recém tinha sido campeão brasileiro. Ainda era muito tímido – lembra Deco, que se aposentou em 2013 e hoje é empresário.
A trajetória de Wallace lembra a de um lateral de recente passagem pela dupla Gre-Nal. Também com estilo ofensivo, Gabriel obteve destaque pelo Fluminense e rodou pela Europa antes de chegar a Porto Alegre. Hoje atuando pelo Fort Lauderdale Strikers, nos Estados Unidos, ele sugere a Roger Machado a criação de um mecanismo defensivo para cobrir os avanços do lateral.
– Marcar é mais fácil do que apoiar, mas é difícil fazer as duas coisas com excelência. Um lateral que se destaca no ataque é diferenciado, virou artigo raro no futebol brasileiro. Por isso, o técnico precisa criar um sistema de jogo que proteja ele – opina Gabriel.
Lateral-direito multicampeão pelo Grêmio na década de 1980, Paulo Roberto Costa, o Coelhinho, lamenta a ausência de Ramiro. Entende que ele é mais experimentado em partidas decisivas e tem um melhor senso de marcação do que Wallace. Embora revele certa preocupação, acredita que Roger será capaz de extrair o melhor do garoto.
– Ele veio do Exterior, estava sem ritmo de jogo. É normal sentir esta dificuldade. Para ele mostrar alguma coisa, só tendo oportunidade. Mas ele não tem experiência em jogos decisivos. Por isso, entendo que é um risco escalá-lo – entende Paulo Roberto.
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