O Grêmio recuperou em Buenos Aires um dos preciosos pontos que perdeu em Porto Alegre. Buscou o empate no final da partida com o San Lorenzo, quase nos descontos. O jogo parecia perdido. Mas a má atuação não afetou a disposição gremista. O time buscou o gol até o último segundo.
O jovem Lincoln marcou o gol salvador aos 90 minutos, quando a porta dos fundos da Copa Libertadores já estava aberta, quase escancarada. Mas o grande nome da partida foi Marcelo Grohe, autor de quatro defesas gigantescas, típicas de um goleiro de Seleção Brasileira. Não fosse o número 1, o melhor em campo, o Grêmio deixaria a Argentina com um saco de gol nas costas.
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O resultado foi melhor, muito melhor, do que o confuso futebol tricolor. Os gaúchos foram dominados o tempo inteiro pelos argentinos, que produziram todas as chances de gols possíveis e imagináveis. Tiveram alguma posse de bola, porém somente para trocar passes laterais, entre a defesa e o meio-campo, e sem pressionar a defesa estrangeira. Marcelo Oliveira fez um pênalti de jardim de infância aos dois minutos. Ortigoza marcou aos três.
O Grêmio não é mais o time competitivo e intenso de parte de 2015. É outro, inferior, carente e menos criativo. As individualidades ajudam o coletivo a tropeçar. A defesa ficou mais fraca. Maicon lembra um jogador comum. Giuliano anda escondido. Douglas perdeu a vitalidade. Não seria ruim colocar o quarteto na reserva.
Certas coisas só acontecem com o Grêmio e suas sucessivas más gestões de futebol. Com a falta de gols em 2015, a direção correu em busca de Henrique Almeida. Quando chegou um jogo decisivo, Henrique nem no banco ficou. Roger Machado correu atrás das soluções de 2015 que não deram certo, com Bobô. O oportunismo de Lincoln apareceu e ofereceu uma nova esperança aos gremistas.
Roger terá quase um mês para reorganizar o time, pensar, trabalhar, treinar. Buscar soluções, tentar entender a queda, a ausência de um futebol competitivo. Se mantiver o ritmo, a Libertadores tricolor não ultrapassará a fase de grupos.
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