O Grêmio não fez uma boa partida. Praticamente converteu as chances de gol que teve e, por isso, venceu. Bruno Grassi operou um milagre de cinema quase nos acréscimos. Foi até envolvido pelo Atlético-MG no segundo tempo. Mas a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG premia o conjunto da obra.
É justa pelo que o time construído por Roger realizou durante todo o campeonato. Vai para a última rodada com chance de ser vice-campeão, atrás apenas de um Corinthians fora da curva, o que seria um emblema. O técnico do Grêmio, digamos com todas as letras, pegou um abacaxi enorme para descascar.
Roger tinha de substituir uma lenda da casamata tricolor, que era Felipão. A direção avisou que teria de se virar com o que tinha em casa. Havia, sim, medo de rebaixamento. Logo em seguida, muito rapidamente (este é o detalhe que impressiona, na comparação com outros técnico que pegam o bonde andando), a equipe já era outra.
O Grêmio está muito além do que se esperava, é verdade, mas não pode ficar nisso. Aí seria se apequenar. Tem de dar o salto para brigar por título, algo que não aconteceu este ano nem na Copa do Brasil.
O Gre-Nal e o jogo deste domingo contra o Atlético-MG mostram que só posse de bola não basta. Tem finalizar mais. Ser mais objetivo. Faltam opções de ataque. E de grupo, para suportar uma temporada cheia. Vender Luan para a China, pela fortuna que vier, agora, seria assinar atestado de só pagar títulos e não disputá-los.