*ZHESPORTES
Queridinho de Felipão, que o trouxe de volta, Douglas não encontrou seu verdadeiro espaço com ex-treinador gremista no primeiro semestre da temporada. Jogou como um 10 comum, ele que não é um canhoto qualquer.
Com a chegada de Roger Machado, ligado no futebol contemporâneo, o camisa 10 descobriu a sua mais perfeita posição no campo de jogo. Ouviu e foi ouvido. Agiu depois do diálogo. Bons jogadores gostam de conversar com os melhores treinadores.
Com Roger, Douglas recuperou o futebol competitivo de positivos anos passados. Atua como um meia, cria, cerca, corre, ocupa espaços, serve. Oferece opções ofensivas, apoia os marcadores. Ganha destaque em quase todas as apresentações do Tricolor. Muitas vezes, dita o rimo da equipe, ao lado do surpreendente Maicon e da grande revelação, Walace.
Como arrisca passes nos espaços que só ele observa, encontra, às vezes, erra. Seu pé esquerdo é precioso, mas bate mal faltas e erra pênaltis. Perdeu um clássico gol na cara do goleiro na noite da superneblina de quarta-feira, em São Paulo. A torcida corintiana desmaiou quase inteira.
Roger esculpiu um novo Douglas no CT da Arena. Retirou a couraça de bad boy do jogador, a fama de viver acima do peso ideal, de correr pouco, de não treinar com a intensidade devida. Os dois estão felizes. A torcida, por tabela, também.
Douglas encontrou um novo mundo no futebol. Acho que gostou.
Se ficar nele, insistir, vai crescer mais como jogador.
Não importa que ele seja um multicampeão de 33 anos pelo inesquecível Corinthians de Tite. A vida sempre recomeça aos 30.
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