No calendário de Roger Machado, há uma data mais importante do que 26 de maio, o dia de seu anúncio como treinador do Grêmio. É 1º de junho, a segunda-feira em que ele mandou Edinho ser reintegrado.
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O gesto, recebido com surpresa pela torcida e imprensa, por envolver um jogador de futebol contestado, obteve enorme repercussão positiva junto ao grupo. Tratava-se da reintegração de um personagem querido por todos, a chamada liderança positiva. Ao chamá-lo de volta, o técnico conquistou o afeto do time.
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Mesmo nos seis meses de ostracismo, período em que treinou em turnos diferentes, Edinho manteve-se como o jogador de alto astral e um confidente para quem precisava desabafar. Em silêncio, todos torciam por sua volta. Ao avalizar o retorno, Roger Machado "fechou" o vestiário.
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Esta é uma das mudanças positivas do Grêmio de hoje para o de Felipão. Confira outras modificações no método de trabalho que passa por nova avaliação na noite desta quarta-feira, contra a Chapecoense, na Arena Condá, às 19h30min. A partida pode marcar a sexta vitória consecutiva, o que seria um recorde gremista na era do Brasileirão de pontos corridos.
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Sistema tático
O esquema com um centroavante fixo, predileto de Felipão, ficou no passado. Agora, Roger faz com que Luan e Pedro Rocha atuem com maior mobilidade, tornando as investidas do Grêmio mais imprevisíveis. Os dois se revezam na função de "falso 9" com o objetivo de confundir a marcação, o que facilita a aproximação por meio de triangulações, dribles e toques rápidos para ingressar na área. Domingo, no primeiro gol contra o Santos, Pedro Rocha fez o papel de centroavante no momento em que Luan havia se deslocado para receber o passe de Giuliano.
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Preparação física
A troca de Darlan Schneider por Rogério Luiz trouxe mais fôlego ao grupo do Grêmio. Antes, a equipe por vezes demonstrava cansaço no segundo tempo. Agora, é comum ver os atacantes marcando a saída de bola no campo adversário ao final do jogo. Com a metodologia do novo preparador físico, baseada em atividades mais intensas, jogadores como Walace, Galhardo e Luan já afirmaram que estão correndo mais.
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Clima no vestiário
Com Roger, a cobrança aos jogadores é mais branda do que na época de Luiz Felipe Scolari. Não que ele deixe de advertir no momento do erro. A forma é que mudou. O novo técnico aposta na conversa ao pé do ouvido com os jogadores, em estilo oposto ao de Felipão, que abusava de reprimendas em voz alta durante os treinos.
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Treinos intensos
Para Roger Machado, quem treina caminhando não joga correndo. A frase explica seu nível de exigência durante os trabalhos no CT Luiz Carvalho. Os próprios jogadores admitem que, antes, o time treinava mais devagar.
- Não quero que meu atleta fique três horas no campo. Pode ser meia hora, mas tem que ser intenso - diz o treinador.
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Liberdade para arriscar
No Grêmio de Roger, o erro é mais valorizado do que a omissão. Um vídeo divulgado pelo clube com os bastidores do vestiário na vitória sobre o Atlético-PR mostrou seu discurso aos jogadores:
- Se errar, faz de novo. Tenta, arrisca, mas faz.
Assim, os atletas sentem menos receio em campo. Na época de Felipão, cada erro era seguido de fortes cobranças do treinador e de sua comissão técnica.
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Time unido
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Adriano de Carvalho
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