No palco que dividiu com jogadores que "só conhecia do videogame", como Adriano e Ronaldinho Gaúcho, Rafael Galhardo de Souza irá reencontrar o Flamengo no Maracanã pela primeira vez desde que deixou o clube carioca, em 2012. E não faltará torcida para o lateral direito que o Grêmio trouxe por empréstimo do Santos, sob desconfiança, após passagem pelo rebaixado Bahia no ano passado.
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Conforme revela o jogador de 23 anos, boa parte da família estará no duelo das 18h30min deste sábado, pela 14ª rodada do Brasileirão. Galhardo sorri ao lembrar que precisou recorrer aos companheiros do Grêmio para tentar alocar todos os parentes e amigos que pretendem vê-lo no campo que pisou em boa parte da carreira.
Natural de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, ele morava na mesma rua do campo de treinamento do Friburguense. Quando pequeno, costumava acompanhar o irmão nos treinos em uma escolinha de futebol.
_ Eu ficava só sentado, fazendo castelinhos de areia _ recorda.
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Mas a paixão do pai pelo esporte fez Galhardo participar de diversos times da cidade até chegar ao próprio Friburguense. Em 2001, então com 10 anos, chamou a atenção de um diretor do Flamengo. Foi convidado a treinar na Gávea, de onde não saiu mais até 2012. A mãe o acompanhou. O pai ficou em Nova Friburgo para tocar o comércio da família.
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Jogava no meio-campo, mas foi aconselhado por um treinador da base a tentar a lateral. Hoje, busca inspiração em Daniel Alves, multicampeão pelo Barcelona.
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Em 2009, aos 18 anos, foi chamado por Andrade, naquela época ainda técnico interino do Flamengo, para compor o grupo após lesão do titular Léo Moura. Acabaria o ano campeão brasileiro ao lado de jogadores já consagrados, como Adriano, Petkovic e Emerson Sheik.
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_ Eram caras que só conhecia do videogame mesmo. Me apoiaram muito, lidavam muito bem com a garotada. Hoje, quando a gente se encontra, agradeço muito a eles _ conta.
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Galhardo ainda teria a companhia de grifes do futebol brasileiro como Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves nos anos seguintes. Com a ajuda destes, além de Petkovic, Léo Moura e Renato Abreu, aperfeiçoou as cobranças de falta, um de seus pontos fortes. Foi num lance assim que ele jogou um balde de água fria no sonho gremista de disputar a Libertadores deste ano. Em uma bola parada, na Arena Fonte Nova, marcou o único gol da vitória do Bahia sobre o Grêmio na penúltima rodada do Brasileirão de 2014.
_ Quando cheguei na pré-temporada em Gramado, o Giuliano brincou comigo que eu tinha tirado eles da Libertadores. E agora teria que fazer (gols) aqui também _ lembra.
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Um ele já fez, na Vila Belmiro, contra o Santos. A sequência de jogos obtida com a saída de Matías Rodriguez e a chegada de Roger Machado, treinador que mudou o perfil do time até mesmo nos treinamentos, segundo o lateral, lhe rendeu uma tendinite no tornozelo direito. A maratona de partidas, no entanto, impede que Galhardo diminua o ritmo.
_ Jogo com uma "botinha". Fico tratando e treinando. Senti muita dor no começo, mas o pessoal da fisioterapia me ajudou bastante. Nós, atletas, sempre convivemos com a dor, e agora não dá tempo de parar _ resume.
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