Nada está diferente. O nosso Gauchão é maltratado, chamado de cafezinho, de engana-bobo, de muitas coisas pejorativas. Não tem muito público, quem ganha acaba dizendo que ganhou pouco, quem perde vive um pequeno inferno. Mas por mais rebaixado que seja, ele remete a fortes emoções. Olhem o que houve na classificação do Inter e na Arena nesta quinta-feira, quando o Grêmio venceu o Novo Hamburgo nos pênaltis.
O Francisco Novelletto Neto, presidente da Federação Gaúcha, ouve desaforos de gremistas quando as arbitragens favorecem o Inter. E se não favorecerem, ouve também, porque os caras encontram problemas.
A imprensa é duramente criticada quando ousa opinar a favor deste ou daquele. Muita gente se distratando, muita ofensa, muita bronca, pouca coisa de positivo. Poderia ser melhor, mas o fundamentalismo esportivo de alguns remete a discussões e agressões. Não gosto muito disso, mas fico no meio dessas agressões. Minha vida é narrar e comentar. Se vou para um lado, vem pau do outro, e vice-versa. Porém, estou tão calejado e acostumado que não me surpreendo com mais nada. O Gauchão começa sendo debochado, mas nas suas fases mais agudas ele remete a fortes emoções.
Coluna do Pedro
Pedro Ernesto: o Gauchão nos remete a fortes emoções
Pedro Ernesto Denardin
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project