Principal contratação do Grêmio neste ano, o meia Giuliano ainda não mostrou a que veio. Buscado em junho no Dnipro, da Ucrânia, por 5 milhões de euros, com a ajuda do investidor Celso Rigo, o jogador sofre com uma pubalgia, lesão lesão que reduz seu rendimento e fez com que o departamento médico tricolor o vetasse para o jogo com o Santos.
Seguidamente Giuliano é poupado de treinos para realizar fisioterapia. Até por isso, o técnico Felipão o deixa entre os reservas em algumas partidas e só o coloca em campo no decorrer dos jogos, como ocorreu contra o Atlético-PR na semana passada. Impaciente com o baixo rendimento do jogador, a torcida chegou até a vaiá-lo.
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ZH explica o que é a lesão e como o problema afeta Giuliano:
A pubalgia
Trata-se da inflamação do osso púbis, um dos três principais que formam a pélvis. Isto gera dores na região da virilha, em músculos que realizam a troca de força com o abdômen. A dor pode se espalhar para a parte interna da coxa e afetar coluna, joelho ou outras regiões do corpo. É algo frequente entre jogadores de futebol, que trabalham intensamente a musculatura no local com movimentos como chutes, agachamentos e saltos.
Tratamento
Na maioria das vezes é clínico. O jogador é tratado com analgesia no púbis, faz uso de banheira com gelo e realiza fisioterapia. Conforme o médico Saul Berdichevski, do Grêmio, o prazo de recuperação para os atletas é de três meses - podem seguir jogando durante este período. Um tratamento alternativo é a a técnica PRP (Plasma Rico em Plaquetas), que é o reforço das plaquetas no sangue do atleta - opção mais utilizada no futebol europeu. Caso a dor persista após três meses, uma intervenção cirúrgica pode ser realizada para corrigir a biomecânica da musculatura afetada.
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Como prejudica o desempenho
No caso de Giuliano, no Grêmio, as dores no púbis irradiam para os músculos adutores das duas pernas. Assim, o atleta tem menos força e potência nas arrancadas. Mesmo que não tenha dor na hora do jogo, o efeito também é psicológico: o jogador passa a sentir receio nos movimentos ao entrar em divididas ou ao realizar maiores esforços para não prejudicar a musculatura.
Outros casos
No Grêmio, os casos mais recentes foram do volante Souza, hoje no São Paulo, e do zagueiro Saimon, que sofreram pubalgias em 2013. Souza, inclusive, utilizou a técnica de Plasma Rico em Plaquetas para ter uma recuperação mais rápida. Ainda no Grêmio, o ex-jogador Tcheco também foi acometido por esta lesão. O meia Kaká, durante sua passagem pelo Real Madrid, também sofreu com pubalgia.
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Entenda a lesão de Giuliano e como ela afeta o desempenho do meia
Jogador desfalca Grêmio contra Santos esta quinta por problema no púbis
Adriano de Carvalho
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