Um gremista presente ao jogo do Grêmio contra o Juventude fez a frase da hora ao ser entrevistado pela Rádio Gaúcha. Eufórico com o desempenho do time, liberou sua alegria: "Dá gosto ver o Grêmio jogar". E dá mesmo. Enderson Moreira conseguiu a proeza de organizar dois times equilibrados jogando com três ou dois volantes. A versatilidade de Ramiro e Riveros está na raiz destas soluções, mas o aproveitamento do arisco Dudu, atribuindo-lhe funções ofensivas e defensivas, está oferecendo ao torcedor o prazer de ver um time que se defende e ataca com igual desenvoltura.
Enderson soma vários méritos. Descobriu sem muitas delongas os seus titulares e deu ao time um padrão de organização admirável. Além disso, não teve medo de lançar e fixar na equipe o garoto Luan, oferecendo ao jogador a oportunidade de desabrochar com raro talento.
E, neste momento, já se atreve a escalar Dudu, atacante de velocidade que não se constrange em também executar tarefas operárias. O Grêmio, por efeito da versatilidade dos seus jogadores, consegue atuar com três volantes e três atacantes sem perder consistência ou agrupar gordura defensiva exagerada.
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A qualidade do futebol gremista é visível mas, para manter a coerência, não posso deixar de repetir o que tenho dito sempre: o Gauchão é o campeonato "engana-bobo", convém ser cauteloso. Embora, no caso do Grêmio, o desempenho na Libertadores empresta credibilidade que não pode ser ignorada. Se o time é bom no Gauchão e na Libertadores, coisas boas deve ter.