Luiz Zini Pires: Grêmio joga três pontos fora pela janela da Arena

Cair na frente do Criciúma é normal. O Grêmio sabe, deveria fica mais atento nos reencontros anuais.

Entregou uma final de Copa do Brasil nos anos 1990. Passado e presente se misturam. Perdeu três pontos no primeiro tempo do Brasileirão, em Santa Catarina. Foi derrotado outra vez no returno, nesta quarta-feira, para o frágil adversário que habita a zona do rebaixamento: 2 a 1. Jogou seis pontos pela janela. São números que podem fazer falta no mês que vem, quando o G-4 começar a ganhar seu desenho definitivo.

O Grêmio tem muitas desculpas, um caminhão delas. Jogou sem vários titulares, mudou o esquema, perdeu gols, apresentou falhas na defesa, sofreu dois gols de dentro da grande área, e errou demais no ataque. O resultado foi um dos piores de 2013, cortou o embalo de uma boa sequência de vitórias.

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Só Renato explica a permanência do vaiado Barcos no time. Sua atuação foi igual a quase todas as outras, mais discreta impossível. Centroavante que não faz gol merece a reserva. Não existe Plano B no mundo.

Com Barcos, Adriano, Zé Roberto, Elano e Maxi Rodríguez, apesar do golaço, lado a lado, o Grêmio voltou aos piores dias do reinado de Vanderlei Luxemburgo. Escalar Zé Roberto e Elano juntos não dá resultado. A confusão dominou todas as linhas em campo. O Grêmio subestimou o adversário que, estranhamente, aparentava estar bem mais motivado do que o Grêmio.

O treinador Renato, e mais ninguém, pode explicar o nó tático que levou do treinador Argel, que anulou as jogadas dos gaúchos depois de levar um sufoco nos primeiros 30 minutos. Argel treinou a bola parada. Insistiu. Ganhou o jogo em dois lances. Antes, se defendeu bem, tocou bem a bola, nunca esqueceu de atacar.

O Grêmio errou ao desmerecer os catarinenses. Imaginou que poderia vencer a qualquer momento, quando bem quisesse.  Caiu um dos piores tombos da temporada. Quem sentou no conforto da Arena, quem mirou na TV, sentiu saudade do time que venceu o Botafogo com 10. A vibração toda ficou no Rio.