
O investimento foi alto, os nomes são de seleções, mas o Grêmio não engrenou. A irregularidade do time de Vanderlei Luxemburgo chamou a atenção durante a temporada, seja no Campeonato Gaúcho ou na Libertadores. Foram poucos desempenhos condizentes com os jogadores que chegaram. A explicação pode estar na pouca repetição de time do comandante.
Luxa teve a chance de repetir a equipe três partidas seguidas. Nos jogos contra o Caracas - vitória por 4 a 1 e show na Arena, derrota de virada na Venezuela -, e contra o Lajeadense, após a sequência de duelos na Libertadores. É possível se considerar uma repetição também do 3 a 0 sobre o Fluminense, no Rio, para a goleada na Arena, já que o Tricolor escolheu entrar com os reservas no Gauchão.
Ou seja, repetiu a equipe na Libertadores nas duas partidas consecutivas. Com este time titular, foram duas vitórias convincentes, mais o 2 a 0 sobre o time de Lajeado e a derrota para os venezuelanos.
A temporada tem sido marcada por diversas lesões. Marco Antônio, Elano, Werley, Cris, Dida e Barcos, por exemplo, tiveram problemas. A preparação apertada, com a pré-temporada menor por conta da partida diante da LDU, também pode ser considerado um problema.
Afora isso, a parte técnica também pesou. Luxemburgo colocou em prática estratégias que foram contestadas pelos torcedores, como a diante do Santa Fe, com um time mais recuado. O mesmo foi visto contra o Caracas, fora de casa.
Contra o Huachipato, na Arena, a equipe foi dominada e não conseguiu alternativas para jogar. Tudo isso será pesado pelo presidente Fábio Koff no momento das reuniões com seus pares poíticos. O Conselho de Administração tem integrantes que são a favor da queda de Luxa.
A desclassificação na Libertadores não estava nos planos do Grêmio. Tanto na parte financeira quanto na parte técnica, o esperado era, claro, um avanço diante do Independiente Santa Fe. A pressão sobre o presidente Fábio Koff para uma demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo continua grande.