Foi publicada no site da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), na tarde desta quinta-feira (24), a súmula do Gre-Nal 437. No documento, o árbitro Leandro Vuaden explicou as expulsões de Ferreira, Bruno Méndez e Alexander Medina, e cita o arremesso de "artefatos" pela torcida do Inter em direção aos gremistas. Ele ignora, porém, a confusão após o término do jogo, envolvendo um funcionário terceirizado da Arena e jogadores, seguranças e integrantes da comissão técnica do Grêmio.
Em relação ao incidente nas arquibancadas, Vuaden diz que "aos 44 minutos do segundo tempo em andamento, ouvi vários estrondos de artefatos (bombas) que foram arremessados pela torcida do Inter em direção aos torcedores do Grêmio". Ele completa que "não houve a necessidade de paralisar a partida, e não foi possível quantificar o número exato de artefatos".
O árbitro ainda explicou as três expulsões no clássico. O atacante Ferreira, do Grêmio, recebeu o cartão vermelho por "empregar linguagem ou gesticular de maneira ofensiva, grosseira ou abusiva". Segundo Vuaden, "após receber uma falta, levantou e gesticulou de maneira grosseira e abusiva contra atleta adversário (Fabrício Bustos), inclusive com contato de corpo (sem intensidade)". Vuaden destaca que o atleta gremista "levou um peitaço com uso de força excessiva do atleta Bruno Méndez, derrubando-o e iniciando um tumulto generalizado".
Quanto ao zagueiro Bruno Méndez, do Inter, a expulsão foi por "empurrar um adversário com uso de força excessiva fora da disputa da bola". O árbitro justificou que, "com o jogo paralisado após marcação de falta contra sua equipe, desferiu um peitaço com uso de força excessiva contra seu adversário (Ferreira), atingindo-o no lado direito do corpo e derrubando-o ao chão". Vuaden lembra que "o fato aconteceu após o atleta atingido gesticular de forma grosseira e abusiva".
Em relação ao técnico Alexander Medina, o cartão vermelho foi por "invadir o campo de jogo quando o jogo estava paralisado (durante tumulto generalizado) e proferir de forma repetida para o árbitro 'ladrón, ladrón'". Vuaden alega que chegou a ser atingido no peito por três vezes com o dedo indicador pelo comandante colorado.
"Ainda antes de deixar o gramado, veio em minha direção e gesticulou com as mãos (gesto de ladrão, pressionando o polegar direito sobre a palma da mão esquerda girando). Diante do acontecido, relato que me senti ofendido", escreveu Leandro Vuaden na súmula do jogo.