Quando despontou no futebol profissional, o zagueiro Júlio Santos já era bicampeão estadual e já tinha convivido com nomes como Rogério Ceni, Beletti, Edmílson, Kaká e Luís Fabiano.
Aos 35 anos, o xerife da zaga do Novo Hamburgo espera utilizar esta experiência para ganhar mais um título, neste domingo, contra o Inter.
– Pode falar, estou velho, né? – sorri o jogador, quando questionado sobre o currículo.
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Criado no CT de Cotia na mesma safra de Kaká e Júlio Baptista, Júlio Santos estava no grupo são-paulino que foi campeão paulista em 2000 e em 2002. Em 2006, já no Goiás, era titular absoluto do time que viria ser campeão goiano, quando atuou ao lado do volante Vampeta.
– São vários estaduais e, graças a Deus, alguns títulos e algumas coisas vividas no campo e fora dele. Espero que eu possa passar esta experiência para os companheiros para a gente sair domingo com esse título são sonhado – diz o jogador.
Uma das principais experiências da carreira do zagueiro foi no maior carrasco da vida colorada. Em 2012, o defensor ficou cerca de quatro meses no Mazembe, na República Democrática do Congo.
– É um clube que tem muito dinheiro e dá uma estrutura excelente para o atleta. Eles têm um respeito muito grande pelo futebol brasileiro. Tirar o Inter de uma final de Mundial, para eles, foi uma grande conquista – explica.
Apesar de elogiar a boa estrutura do clube, o zagueiro considera uma importante experiência o contato com os problemas sociais do continente africano.
– Eu acho que nós brasileiros deveríamos ir pelo menos uma vez para a África. Independente dos problemas que a gente vive no Brasil, existe muita coisa pior. A forma como as pessoas vivem e se alimentam lá me abalou muito. Passei a dar mais valor para a vida e para as coisas que eu tenho hoje – declara.
Experiente no futebol gaúcho após passagens por Passo Fundo, Lajeadense, São José e Caxias, Júlio Santos espera que toda essa bagagem o ajude a levantar no domingo, contra o Inter, mais um troféu na sua carreira.
*RÁDIO GAÚCHA