Um jogo já foi. Mas Brasil-Pel e Inter ainda irão se enfrentar (pelo menos) mais três vezes em 2017 – uma pelo Estadual e duas pela Série B. O próximo encontro, depois da partida pela Primeira Liga, vencida pelos colorados, é neste sábado, no Beira-Rio, pela quinta rodada do Gauchão.
Técnico xavante desde 2012, Rogério Zimmermann não traça um comparativo entre o confronto pela Primeira Liga e o deste fim de semana. "A competição era diferente", recorda, acrescentando:
– Também teve uma situação que não é tão normal, a expulsão do goleiro.
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ENTREVISTA
ROGÉRIO ZIMMERMANN, TÉCNICO DO BRASIL-PEL
O Brasil-Pel já enfrentou o Inter neste ano. O que dá para aproveitar daquele jogo?
A competição era diferente, Primeira Liga. E também teve uma situação que não é tão normal, a expulsão do goleiro (Eduardo Martini). Nosso time jogou a partir da metade do primeiro com um a menos. Mas também tem a questão que mesmo se fosse 11 contra 11, jogo contra o Inter, no Beira-Rio, é sempre difícil.
Vai passar alguma orientação especial aos atletas por jogar no Beira-Rio, contra um time do tamanho do Inter?
Estou há cinco anos no Brasil. Se cada jogo eu pedir algo diferente para o jogador... O que sempre se pede é para ser o mais competitivo possível, no limite técnico, físico, emocional. Porque para esse jogo tem que estar bem em tudo isso. O que ocorre é que às vezes o adversário te joga para trás. Não porque você quer, não por pedido especial. E às vezes você consegue atacar mais, porque situações da partida permitiram isso.
Tem muito time pressionado neste começo de Gauchão. O Brasil e o Inter estão entre eles. Como é enfrentar um time desse tamanho neste momento?
Futebol é muito parecido, se estivesse falando comigo no Campeonato Gaúcho passado, nesta mesma fase, provavelmente estaríamos falando a mesma coisa. É início. O campeonato pode ser curto, mas não deixa de ser início, ainda é a quinta partida, equipes ainda estão em formação. E tem três equipes com menos tempo de preparação, Brasil, Inter e Grêmio. Os outros tiveram mais. Então tem isso e as mudanças no grupo do Brasil de 2016 para este ano. Fatalmente, numa quinta rodada, é início. Os jogos não ficam com caráter emocional mais alto ou menos. Todo jogo tem confronto direto. Tivemos com o Ypiranga, quando tínhamos um ponto contra zero deles, e agora tem o Inter, a situação é parecida.
Tem sido raro um técnico divulgar a escalação antecipadamente, mas Zago confirmou Nico López no lugar de Brenner. O que muda com esse jogador mais veloz, habilidoso e de movimentação?
Quando falamos sobre próximos adversários, falamos de todos jogadores. Porque o jogador pode iniciar ou entrar depois. Independentemente de ter o time do adversário ou não você fala de todos disponíveis, das características de cada um e a função tática. Então tem que deixar o atleta preparado para qualquer circunstância.
O que você nota de evolução na equipe?
Já tínhamos visto evolução em relação a nós mesmos mesmo contra o Veranópolis, porque o goleiro do Veranópolis foi um dos melhores. O Papa teve duas oportunidades, ele salvou. Bola na trave, Nem chuta de fora e o goleiro só saltou por saltar, Aloísio chuta e goleiro faz milagre... Tivemos seis chances claras. No jogo contra o Criciúma (pela Primeira Liga) e Ypiranga, não tivemos seis chances claras. Mas o Papa teve duas chances e fez as duas. O desempenho foi parecido, mas acontece o seguinte: além de desempenho, e até mais importante, é o resultado.
O fato de a direção do Brasil bancá-lo, mostrar seu prestígio, mesmo em momento de dificuldade, ajuda a dar mais tranquilidade para trabalhar?
O que me deixa tranquilo são os resultados que estou tendo até agora. Há quatro, cinco anos estamos tendo sucesso. Como equipe do Interior, até agora, no conjunto, somos os melhores nos últimos anos. Evidente que podemos não ter feito um campeonato maravilhoso ano passado (quando o Brasil caiu nas quartas para o Grêmio), mas nos dois anos anteriores fomos campeões do Interior.
*ZHESPORTES