O Estádio Olímpico Monumental traz ótimas recordações para o argentino Ricardo Bochini, reserva imediato de Diego Maradona no título da Copa do Mundo de 1986. Principal nome do Independiente-ARG nos anos 70 e 80, o ex-meia venceu o Grêmio na final da Copa Libertadores de 1984 e recorda que ele e sua equipe foram aplaudidos pela torcida tricolor no jogo em Porto Alegre.
— Lembro com muito carinho daqueles jogos. Vencemos o Grêmio por 1 a 0 no Estádio Olímpico, com gol de Burruchaga, e depois empatamos por 0 a 0 em Avellaneda. Com isso, ganhamos a Libertadores que o próprio Grêmio havia conquistado no ano anterior, em 1983. Guardo boas recordações pois, após a nossa vitória no Olímpico, fomos aplaudidos pela torcida do Grêmio, que, mesmo sendo nossa adversária, reconheceu o nosso ótimo jogo — relembra o ex-meia, em entrevista a GZH no Catar.
Aos 68 anos, Bochini é ainda hoje conhecido como o principal nome da história do Independiente-ARG, único clube pelo qual atuou na carreira, entre 1971 e 1991, tendo conquistado quatro Copas Libertadores (1973, 1974, 1975 e 1984) e dois Mundiais de Clubes (1973 e 1984).
A concorrência com Diego Maradona, porém, impediu que o craque tivesse mais oportunidades na seleção argentina, tendo disputado apenas o Mundial de 1986, como reserva do camisa 10.
Bochini disse ainda que é impossível comparar o protagonismo de Maradona na Copa de 1986 com qualquer coisa que Lionel Messi possa fazer no Mundial do Catar.
— O Maradona tinha 25 anos naquela Copa. Fez gol ou deu passes para todos os gols em todos os jogos. O Messi hoje já tem mais idade. Claro que ele pode contribuir muito neste Mundial, mas como o Maradona em 86 é impossível — completou.
Por fim, Bochini analisou as dificuldades enfrentadas pela Argentina na Copa de 2022.
— A Argentina tem que se levantar. Ganhamos do México, mas agora virá um adversário mais difícil, que é a Polônia — finalizou.
A Argentina enfrenta a Polônia nesta quarta-feira (30), às 16h (horário de Brasília), no estádio 974, em Doha.