Um dos maiores nomes da história da seleção argentina, Mario Kempes está preocupado com o jogo contra a Polônia, nesta quarta (30). Campeão da Copa de 1978, o ex-atacante de 68 anos afirmou que o próximo próximo adversário argentino é mais forte que Arábia Saudita e México, equipes que impuseram dificuldades ao time de Lionel Scaloni, e não pode ser subestimado. Em entrevista a GZH no Catar, o lendário ex-jogador argentino ainda elogiou o ataque do Brasil e lamentou que, mais uma vez, o atacante Neymar esteja convivendo com problemas médicos em meio a uma Copa do Mundo.
— Lamento que o Neymar voltou a se lesionar. Não sei o que se passa com ele, em toda Copa ocorre algo. É complicado, mas acho que ele volta a jogar. De qualquer forma, o Brasil é o Brasil. Sempre defendi que o jogador não faz o time, o time é que faz o jogador. Não é fácil substituir o Neymar, mas seguramente o Tite tem alternativas para substituí-lo — disse Kempes.
Na Copa de 2014, no Brasil, Neymar sofreu uma lesão em uma das vértebras, nas quartas de final contra a Colômbia, e ficou fora do restante do Mundial. Já em 2018, o atacante passou por uma cirurgia no quinto metatarso do pé direito alguns meses antes do Mundial da Rússia e não atuou 100%. Agora, no Catar, o atleta sofreu uma lesão no tornozelo direito logo na primeira rodada e é dúvida para o primeiro jogo das oitavas de final.
Kempes comentou ainda o início claudicante da seleção argentina na Copa 2022 e previu dificuldades para a partida contra a Polônia, nesta quarta (30). Porém, segundo o ex-atacante, isso não torna os argentinos menos cotados que o Brasil para ganhar o Mundial.
— A Argentina custou um pouco a arrancar, enquanto o Brasil arrancou da melhor maneira. Mas isso não quer dizer que o Brasil vai ser campeão e nem que a Argentina ficará pelo caminho. São duas seleções muito fortes. Penso só que a Argentina não pode subestimar a Polônia, pois neste Mundial está tudo muito parelho — completou.
Por fim, Kempes elogiou Lionel Messi, mas disse que a Argentina não pode depender do seu camisa 10.
— O Messi é a alma da Argentina. Há muito tempo, ele é o melhor do mundo. Mas em um Mundial o mais importante é a equipe — finalizou.
Líder técnico da Argentina no seu primeiro título mundial, em 1978, Mario Kempes disputou ainda as Copas de 1974 e 1982.
A Argentina enfrenta a Polônia nesta quarta (30), às 16h (horario de Brasília), no estádio 974, em Doha.