Não faltaram emoções no segundo dia da Copa do Mundo de 2022. Ao longo da segunda-feira (21), os torcedores presenciaram ao menos um momento histórico, uma goleada, protestos e o retorno de um país para o torneio depois de mais 60 anos.
Confira a seguir cinco momentos do segundo dia do Mundial do Catar selecionados por GZH.
1) A primeira goleada
A Inglaterra não entrou em campo para brincar e já estreou no Mundial com goleada, marcando seis gols na partida contra o Irã, em Al Rayyan, nesta segunda-feira (21).
A equipe asiática acabou descontando duas vezes, deixando o resultado final 6 a 2 para os ingleses, um placar inédito no Mundial até aqui. Além disso, como foi recordado durante o dia, desde o 7 a 1 da Alemanha para cima do Brasil, que os torcedores da Copa do Mundo não viam oito gols em uma partida do torneio.
Os gols ingleses foram marcados por Jude Bellingham, Saka (dois), Sterling, Marcus Rashford e Jack Grealish, enquanto Mehdi Taremi marcou para os iranianos (dois).
2) Bellingham faz história
Antes mesmo de ser goleada, contudo, a partida entre a Inglaterra e o Irã já tinha garantido seu lugar na história: o gol inicial do jogo foi de Jude Bellingham, que, ao abrir o placar aos 35 minutos, com um gol de cabeça, se tornou o primeiro jogador nascido no século 21 a marcar em Copas do Mundo.
Nas arquibancadas, a torcida inglesa celebrou a ocasião entoando o clássico Hey Jude, dos Beatles, composta 35 anos antes do nascimento do jogador. Um dos mais jovens atletas no torneio, com 19 anos, Bellingham nasceu, por exemplo, depois de o Brasil conquistar o Penta.
3) Dia de protesto
Relembrando ao mundo às turbulências em seu país, que vem sendo sacudido por protestos contra o governo desde o final de setembro, a seleção iraniana se recusou a cantar seu hino antes do início da partida. Os 11 jogadores se mantiveram impassíveis ao longo da execução da música, no que foi compreendido como um apoio silencioso aos manifestantes.
Depois do confronto, o treinador Carlos Queiroz revelou à imprensa que o grupo está se sentindo pressionado em relação ao tema:
— Vocês nem imaginam o que esses rapazes estão vivendo a portas fechadas nos últimos dias — afirmou, segundo a AFP.
— Não importa o que eles digam, as pessoas querem matá-los. Você imagina estar em um momento de sua vida em que pode ser assassinado por tudo o que você diz? Com certeza, temos sentimentos e crenças e, em seu devido tempo, no momento adequado, os expressaremos — concluiu o técnico.
4) A volta do País de Gales
Horas mais tarde, a seleção do País de Gales passava por uma experiência completamente diferente ao ouvir seu hino tocando em uma Copa do Mundo outra vez. O momento marcou o retorno do país ao torneio após uma espera de 64 anos. Para se ter uma ideia, na última vez que a nação esteve presente no Mundial, os britânicos perderam por 1 a 0 para o Brasil, com um gol de Pelé.
Assim, o empate em 1 a 1 para os Estados Unidos, que veio na sequência, não deve ser o suficiente para desanimar os torcedores do país, eufóricos desde a classificação em cima da Ucrânia na metade deste ano. Um dos jornais do país, por exemplo, já anunciou que mudará o nome de sua edição dominical para "Bales on Sunday", em alusão a Gareth Bale, principal jogador da seleção, que, inclusive, marcou nesta segunda-feira (21) o primeiro gol de Gales no Mundial 2022.
5) Brasileiros no apito
O Brasil só joga na quinta-feira (24), mas já teve brasileiro em campo no Catar: dois árbitros e outros quatro assistentes do país comandaram partidas nesta segunda-feira (21).
O paulista Raphael Claus foi responsável por apitar o confronto entre Inglaterra e Irã, auxiliado pelos compatriotas Rodrigo Figueiredo Henrique Correa e Danilo Ricardo Simon Manis. Já o goiano Wilton Pereira Sampaio foi árbitro da partida entre Senegal x Holanda, no Al Thumama, auxiliado por Bruno Boschilia e Bruno Raphael Pires.
Enquanto o desempenho de Claus foi marcado por equívocos, segundo análise de GZH, a "estreia segura" de Sampaio deve o credenciar para apitar outros jogos na Copa do Catar.