O francês Michel Platini foi liberado na noite desta terça-feira (18), em Paris, após ter sido preso e interrogado sobre suposta corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.
— A prisão preventiva foi revogada — disse o advogado do ex-presidente da Uefa, William Bourdon, que lamentou que se faça "muito barulho por nada". — Esta detenção de Michel (Platini) foi injusta e desproporcional — acrescentou o advogado.
Na saída do escritório anticorrupção da Polícia Judiciária, em Nanterre, na região metropolitana da capital francesa, Platini comentou:
— Embora eu devesse me apresentar livremente, fui colocado imediatamente sob custódia. Isso foi doloroso.
De acordo com ex-jogador francês, ele foi interrogado sobre a Euro 2016, a Copa do Mundo da Rússia em 2018, a Copa do Mundo do Catar em 2022, o Paris-Saint Germain e a Fifa. Platini garantiu que durante toda a sabatina se manteve "sereno", já que se sentia completamente alheio a qualquer negócio ilícito.
Já o advogado disse que "de nenhuma maneira Michel Platini pode ser considerado suspeito de qualquer coisa". Segundo ele, o caso está encerrado. Além de Platini, também foi detida a ex-conselheira de Esportes do Governo da França, Sophie Dion.
A Procuradoria Nacional de Finanças (PNF) abriu em 2016 uma investigação preliminar por suspeitas de corrupção no processo de escolha da Fifa para as sedes dos Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Catar).
A justiça francesa se interessa particularmente por uma "reunião secreta" que teria acontecido no Palácio do Eliseu em 23 de novembro de 2010, na qual teriam participado o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, o príncipe do Catar Tamim Bin Hamad al-Thani e Michel Platini, que na época era presidente da Uefa e vice-presidente da Fifa.