Um "lobo que irradia diversão, charme e confiança". Assim a Fifa anunciou Zabivaka, o mascote da Copa do Mundo de 2018. Personagem antropomórfico marrom, que usa óculos laranja e uma camiseta branca com Rússia 2018 escrito em letras garrafais, ele foi apresentado em 21 de outubro de 2016 como sucessor do tatu-bola Fuleco, quando derrotou, com 53% dos votos, um tigre e um gato.
Mais de 1 milhão de pessoas participaram da votação que elegeu o desenho feito pela estudante russa de design Ekaterina Bocharova. Zabikava foi projetado com base em uma pesquisa online aplicada com crianças. Com algumas ideias, estudantes universitários russos enviaram seus projetos do que seria o mascote da Copa do Mundo.
Na língua dos anfitriões, a palavra significa algo como "aquele que marca o gol" e coube a um especialista nesta arte apresentar o novo mascote ao vivo no canal de maior audiência da Rússia. Ronaldo Fenômeno disse, à época, que "mascotes trazem muita alegria aos estádios" e que já se sentia à vontade para dizer que isso iria "acontecer na Rússia só de vê-lo pela primeira vez".
A imagem do mascote está presente em diversos pontos de Moscou. São muitos os produtos oficiais que levam a imagem do lobo, que vão desde o tradicional bicho de pelúcia até canecas, bonés, almofadas, gorros, bolsas e chapéus. Há também camisetas estilizadas de alguns países que trazem imagem do mascote. A página do lobo no Facebook tem quase 23 mil seguidores.
Do leão ao lobo: relembre outros mascotes
A lista de mascotes da Copa começou em 1966, na Inglaterra, com o leão Willie. O animal símbolo do Reino Unido usava camisa com bandeira do país e juba cumprida, ao estilo jovem roqueiro. No pés, as chuteiras indicavam que Willie estava pronto para entrar em campo.
Quatro anos mais tarde, no México, surgiu o Juanito Maravilla, um menino de sombreiro que vestia uniforme da seleção anfitriã. A dose foi repetida nas duas edições seguintes do Mundial, com os alemães Tipp e Tap, duas crianças sorridentes que seguravam uma bola de futebol e com o argentino Gauchito Mundialito.
Os personagens humanizados perderam espaço em 1982, quando a Espanha apresentou Naranjito, uma laranja boleira. O mascote tinha tanto carisma e popularidade que ganhou uma série própria de televisão.
O México voltou a sediar a Copa, em 1986, e optou por uma pimenta batizada de Pique, que tinha corpo verde, cor que, com a camisa vermelha e o calção branco, formavam as cores do país. Em 1990, a Itália apresentou um mascote diferente de tudo o que se tinha visto até então. O Ciao tinha corpo formado por blocos e uma bola no lugar da cabeça.
No tetracampeonato do Brasil, em 1994, um simpático cachorro criado pelos estúdios de animação Warner Bros foi bem aceito pelo público e tinha a tarefa e apresentar o futebol aos jovens dos Estados Unidos. Do cão estadunidense ao galo francês: Footix deu sorte a Zidane, Henry e toda equipe francesa em 1998, no único título dos Les Bleus. O nome do mascote era uma mistura de futebol com Asterix, um dos principais personagens dos quadrinhos franceses.
Para o Mundial de 2002, que teve Coreia do Sul e Japão como sedes, três criaturas foram mascotes: Kaz, Ato e Nik. Em 2006, na Alemanha, foi a vez do leão Goleo VI representar o torneio. Já em 2010, veio Zakumi, um leopardo.
Sucesso, pelo nome curioso e pela simpatia, o Fuleco, um tatu adolescente de 14 anos, foi uma aposta do esporte como meio de conscientização do meio-ambiente. Na era das redes sociais, o mascote gerou inúmeros memes e agradou nos estádios.