Uma das figuras mais populares do futebol brasileiro em todos os tempos, o ex-atacante Dario, o "Rei Dadá" ou "Dadá Maravilha", está acompanhando os treinamentos da Seleção Brasileira em Teresópolis como comentarista de TV. Ele esteve em 2014 na Granja Comary na mesma condição durante a preparação do time de Felipão para a Copa daquele ano e se mostra mais esperançoso agora do que há quatro anos.
— Gosto muito do trabalho do Tite. Ele é um cara humilde e me ganhou de vez quando procurou o Gérson "Canhotinha de Ouro" para falar de futebol. O Gérson é um dos jogadores mais inteligentes que o Brasil já teve e dava bronca até no Pelé. É bom ouvir um cara destes, e o Tite fez isto — destacou.
Além de aprovar o trabalho do treinador da Seleção, Dario — um dos maiores artilheiros do futebol brasileiro —, mostrou simpatia pelos jogadores convocados para a Copa neste setor, ainda que não haja alguém com sua característica de centroavante prioritariamente finalizador e de posicionamento na área.
— O Tite está bem servido de atacantes. O Firmino é muito bom jogador, e o Gabriel Jesus também sabe dar conta do recado. A única coisa que eu peço para eles é que evitem de dar toques para trás ou tentar o drible a mais — acrescentou.
Ao citar o ataque, Dadá deixa Neymar como um capítulo à parte e da um conselho de campeão mundial para a maior estrela da Seleção:
— Toque a mais é desnecessário. Ele tem que driblar, mas não pode se perder no drible. É driblar e tocar, driblar e tocar para um jogador em melhores condições.
Em meio a conselhos e análise de movimentos com a bola rolando, o ex-artilheiro brinca quando questionado sobre o poder de finalização dos atacantes da Seleção que muitas vezes recebem o auxílio de meio-campistas como Paulinho, um dos goleadores do time:
— Para melhorar a finalização tem que fazer como eu, que ficava uma hora depois do treino só chutando e cabeceando. Se eles treinarem esta hora, melhorarão, embora jamais cheguem a ser um Dadá (risos).