Danny Jordan, CEO da Copa da África do Sul, estava ao lado do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, quando recebeu a notícia da morte de Nelson Mandela na Costa do Sauípe, onde ocorre nesta sexta-feira o sorteio dos grupos para 2014.
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Ele não suportou a dor. Desatou a chorar. Foi consolado por Valcke e quem mais estivesse perto. João Bosco Vaz, secretário da Copa em POA, estava ao lado deles. Depois de alguns instantes, Jordan pediu licença para ficar sozinho e caminhou na direção do mar.
Não havia, vivo, homem de trajetória tão fantástica, tão digna, tão corajosa, tão reta, tão capaz de tornar possível o impossível pela força de suas convicções. Mandela passou 27 anos na cadeia sem negociar princípios. Libertou um país do racismo institucional inaceitável e o conduziu à democracia sem guerra civil, com brancos e negros caminhando na mesma direção.
O futebol e seu simbolismo coroaram esta obra política fantástica em 2010, e antes a Copa do Mundo de Rúgbi, vencida pela África do Sul, celebrizada nas telas no filme "Invictus".
Jordan viu tudo isso de perto. As lágrimas dele carregam toda esta consciência da dimensão do homem que a Humanidade perdeu.
O sorteio na Costa do Sauípe será de obrigatórias homenagens a Nelson Mandela, um amante da liberdade, da justiça e do esporte.