Agentes da Defesa Civil estão no canteiro de obras no estádio Itaquerão para fazer outra vistoria no local. Na tarde de ontem, a queda de um guindaste deixou dois operários mortos. A análise poderá dizer se a interrupção dos trabalhos na parte da obra onde ocorreu o acidente deve ser mantida.
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Os técnicos chegaram por volta das 10h. Cerca de 30% da obra foi interditada após a ocorrência. O estádio será palco da abertura da Copa do Mundo, em junho do próximo ano, e de mais cinco jogos.
O acidente provocou a morte do motorista de caminhão Fábio Luiz Pereira, 42 anos, e do operário Ronaldo Oliveira dos Santos, 44 anos. Pereira estava no caminhão que foi esmagado pelo guindaste, enquanto Santos estava tirando um cochilo, em seu horário de almoço, em um túnel que cedeu por causa da queda da máquina.
No início da manhã desta quinta-feira, alguns trabalhadores fizeram uma oração em homenagem às vítimas e, em seguida, deixaram o local, pois as atividades estão suspensas até a próxima segunda-feira. Um deles foi o operário baiano Carlos Pereira dos Santos, 34 anos, que trabalha há um ano e oito meses na obra:
- Vim para trabalhar no estádio. Nunca tivemos problemas de segurança. Com 18 anos de profissão, essa com certeza é a obra mais segura.
De acordo com a Construtora Odebrecht, responsável pelas obras, o corpo do motorista Fábio Luiz Pereira já seguiu para Limeira, no interior de São Paulo, onde será enterrado ainda hoje. Sobre o sepultamento de Ronaldo, que nasceu em Fortaleza, a construtora informou que ainda não foi definido o local do enterro.