Os objetivos eram distintos, mas Botafogo e Cruzeiro abriram a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira (5), sem pensar em outro resultado que não fosse a vitória. Mas o resultado foi o de 1 a 1, assim como os pontos distribuídos para os clubes após gols de Luiz Fernando e Edilson, que, do banco, viu Fábio salvar a Raposa duas vezes na etapa final.
O empate deixa o Botafogo com 26 pontos, ainda na parte inferior da tabela e ainda próximo da zona de rebaixamento. Já o Cruzeiro, agora, passa a somar 32, ainda fora do G-6.
A noite fria para os padrões do Rio de Janeiro pedia um confronto quente em campo. E o "agasalho" mais aguardado pelo torcedor, que é bola na rede, veio a calhar para o público da casa. Aos 10 minutos, o camisa 10 do Botafogo, Luiz Fernando, amorteceu a bola no peito após boa trama coletiva e queimou o barbante: 1 a 0.
Depois que abriu o placar com uma chegada esporádica, o Botafogo manteve a estratégia de se fechar e anular as tentativas do Cruzeiro. Cumpriu bem o papel na etapa inicial, tanto que o amplo domínio de posse de bola da Raposa não culminou em jogada alguma de perigo.
O gol de empate, então, viria de bola parada. Uma arma do Cruzeiro que o Botafogo conhece bem, Edilson arriscou de muito longe e, com muito efeito e erro de movimentação de Saulo, fez contra o ex-clube e deixou tudo igual no Niltão, que passou a ser palco de um jogo mais pegado — porém fraco tecnicamente.
O empate não servia a ninguém. Menos ainda ao time carioca, que mudou a postura e passou a tomar a iniciativa dos ataques. Na prática, o duelo ficou mais aberto e contou com boas chances para ambos os lados. Igor Rabello chegou a enfiar uma bola na trave, enquanto Luiz Fernando e Rafael Sóbis desperdiçaram oportunidades de dentro da área. Fábio salvou para o Cruzeiro.
Na pressão final do Botafogo, quando o Cruzeiro já via as vantagens do empate, Aguirre se embolou com a zaga rival e foi quem mais chegou perto de dar a vitória aos mandantes. Mas nada feito, uma vez que Fábio voltou a salvar a equipe celeste, e o empate permaneceu, culminando em gritos de "time sem-vergonha" para os donos da casa.