A disputa pela presidência do Santos continua conturbando os bastidores do clube. Agora, até a renovação de contrato de Ricardo Oliveira está parada por causa da eleição, que acontece no sábado.
O estafe do camisa 9 contestou a proposta da atual de diretoria - que ofereceu mais dois anos de contrato com os mesmos valores que o atacante já recebe com alteração apenas na distribuição do pagamento, reduzindo os valores quitados em direitos de imagem e aumentando os pagos na carteira de trabalho - alegando que recebeu cifras maiores vindas de candidatos à presidência do clube e adversários de Modesto no pleito.
Em contato com a reportagem, as duas chapas citadas negaram que tenham se relacionado com representantes de Ricardo Oliveira. O candidato José Carlos Peres, da chapa Somos Todos Santos, afirma que não conhece os empresários do capitão santista.
— Não comentamos a situação de jogadores neste momento pré-eleição - disse.
Andres Rueda, da chapa Santástica União, afirma que só vai tratar de contratações ou renovações após o pleito e se vencer.
Com a saída de Lucas Lima, o camisa 9 tem um dos maiores salários do elenco e tem propostas de clubes da Série A do Brasileirão, dos Estados Unidos, México e dos Emirados Árabes, porém, prioriza a permanência no Santos.
Durante evento que teve a presença dos presidentes de clubes paulistas na última terça-feira, Modesto Roma Júnior disse que aguardava a resposta do empresário de Ricardo Oliveira, já que o capitão santista, que recebeu a oferta de renovação em maio, disse que responderia ao final do Brasileirão.
O atacante retornou ao Santos em 2015, após deixar o Al Wasl, dos Emirados Árabes. Inicialmente, assinou um contrato de experiência de quatro meses e renovou após ser artilheiro do Paulistão ganhando um salário de R$ 50 mil, valor considerado baixo para os padrões da elite do futebol brasileiro.
Em somatória com a passagem de 2003 pelo Peixe, Ricardo Oliveira tem, aos 37 anos, 92 gols marcadas em 173 partidas.