O Brasil-Pel entra em campo nesta sexta-feira (3) pressionado. Às 19h15min, no Heriberto Hülse, o time gaúcho, 16º colocado da Série B, enfrenta o Criciúma apenas um ponto acima do Luverdense, que abre a zona de rebaixamento.
Técnico xavante há duas semanas, Clemer é quem tem a missão de ajudar o Brasil a contornar essa situação. Confira abaixo as impressões do treinador nesses 14 dias de trabalho:
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O confronto com o Criciúma é um grande desafio para uma equipe que luta contra o Z-4.
Eles vêm de derrota por 3 a 1, vem pressionado para vencer. A gente vem de empate. A briga é muito acirrada. Ganha um, dois jogos, já fica em cima. Perde, fica para baixo. É sempre jogo difícil, estudado. A dificuldade é a preparação física e o entrosamento. Estamos vendo qual o time que encaixa mais dentro do que pensamos de futebol. Estamos fazendo de tudo para ajustar em termos de preparação física e organização tática, mas o tempo não deixa. Jogamos terça e depois já viemos para cá (Criciúma). Hoje, só fizemos um treino para "tirar a viagem". Então tem vídeo, conversa para ajudar a pegarem o que pensamos.
O Brasil precisa de reforços para sair desta situação? O Alex (meia, ex-Inter) foi especulado no clube...
Não tem nada de verdadde. A maior dificuldade do clube é o caixa, que está zerado. O presidente falou para a gente isso. Não tem como fazer contratação. A que vier é mais por vitrine, por querer jogar uma Segunda Divisão.
Mas pode chegar alguém?
A gente sempre está conversando, todos dias chegam nomes de jogadores, mas tem que vir na condição que o clube oferece.
Por que a preparação física é uma dificuldade do time?
Nosso time tem faixa etária é um pouco avançada. E como o campeonato é muito longo e tem muita viagem, não tem tempo para recuperação e a gente sente um pouco na preparação. Isso atrapalhou um pouquinho. E o time tinha um jeito de jogar, com muita ligação direta. Saíram jogadores e quem veio tinha outra característica. Isso fez com que a equipe não tivesse encorpado. Por isso no Campeonato Gaúcho até teve uma campanha ruim. Agora temos de tentar mudar o pensamento.
Que pensamento é esse?
Gosto de jogar com a bola no chão, com o time compacto, veloz. Mas hoje não posso botar tudo isso aqui, tenho que usar o que tenho de característica no grupo.
Tempo um prazo que você entende necessário para o time evoluir, de acordo com o que você quer?
O tempo é muito curto para pegar toda essa situação e ajeitar. Mas estão entendendo que é com o tempo. O time já teve melhora no último jogo. O time parou de tomar gol, tomava muitos gols. Então são coisas que vamos ajeitando. Não tem um prazo para que as coisas melhorem, vai tudo do cognitivo do jogador, que assimila as situações.
Como você encontrou o grupo ao chegar no Bento Freitas?
O grupo estava um pouco cabisbaixo, trabalhei muito na mobilização para levantar o astral, disse que ia ter que sofrer um pouco mais, trabalhar um pouco mais. Às vezes faço trabalhos e vejo que (os atletas) ficam bastante satisfeitos. Necessitam e pedem para trabalhar.
Como você encara este desafio no Brasil?
É um desafio gostoso de se ter. Não vim aqui para ficar rico, mas para trabalhar.
*ZHESPORTES